O DIA CINZA QUE NOS DAI HOJE
A programação sucinta de uma vida sem escavação, o ato gratificante como o ruído insignificante do liquidificador. São todos esses os dias cinzas que nos dai hoje... ao qual não queremos e odiamos dar seu devido valor.
O cinza visto pela janela, aquele sintoma de malemolência como coisa de quem diz algo - e o barulho impede nossos ouvidos; o senso de pedir que nos repita novamente, sabemos o azul que sumiu... gostamos do sumiço visto que logo vemos o horizonte.
Claro que, nos dai o hoje e pedimos o amanhã, nos amassa tarde e de noite somos passados, a cor de dentro não é vista pelo reflexo que temos nos olhos. Viva a alma cinza mais um dia - e que nesse não aconteça nada de diferente, apenas nasça uma nova planta.
Escavamos demais e tivemos intentos mal reconhecidos - quem é que não os teve; desejamos ter e não ser, e isso é fracasso de toda nossa potência. Porque enxergamos e não vimos, esperamos o perder da visão para aguçar outro, outro... e assim se animamos mais tarde, com o apagar das luzes.
O dia cinza retoma, nunca haverá outro como esse e toda a importância de dias cai por terra. Obstante; o azul é um dia bom, sempre há público para o engrandecer, os malditos espíritos que sonham com os dias cinzas que nos dai hoje.