*Não façamos de conta, pelo amor de Deus (12/09/2021)
As manifestações desse país estão sendo financiadas com dinheiro e texto combinados. Não há mais o pretexto da dialética, mas o favorecimento pessoal alimentado pelo processo político-eleitoral. As elites brasileiras têm sempre uma fala ponta. E nós acreditamos por reverberar como verdade. Nos Deixamos enganar pelo discurso repetitivo e conservador daqueles que fomentam a corrupção nos calabouços do poder, para se manterem longe de ameaças. Organizações que, historicamente, exploram, escravizam, e humilham o trabalhador brasileiro sob a alegação de que “movimentam a economia”. Ora, se a força de trabalho é a mais importante das forças produtivas, em todas as bandeiras de luta deve estar escrito: justiça e igualdade! Não é só salário X pão na mesa. Reflita: Dos 513 deputados e 81 senadores quantos defendem os interesses da classe trabalhadora? Não há. A maioria esmagadora do Congresso Nacional é formada de homens brancos, membros de famílias tradicionais, representantes das oligarquias brasileiras e que nunca “deram um prego numa barra de sabão”. Nenhum deles é originário da periferia. A troco de quê damos a eles esse direito quase que vitalício aos cargos públicos e senhores de nossas decisões?. Não façamos de conta, pelo amor de Deus. Afastar-se da discussão dificulta ainda mais a renovação dos quadros e favorece o jogo sujo da política. Todo tempo é tempo. Se as ruas não são mais o palco das indignações, que as urnas sejam das transformações.