Quando eu tinha uns 9 anos, participei de um concurso de redação na escola, cujo tema era  A Inconfidência Mineira. Não me esqueço, em cerimônia solene recebi das mãos do presidente da Câmara Municipal uma medalha pelo meu texto. Pena que não o guardei, pois gostaria muito de reler o que escrevi sobre o importante movimento separatista liderado por Tiradentes, em Vila Rica, nos anos 1780.

Hoje existem muitas versões sobre a Conjuração Mineira e o papel de Tiradentes — e demais conjurados, dentro dela, mas quero falar é sobre o sentimento de liberdade, que na visão histórica de meus tempos de menina, moveu poderosamente aquele grupo em seus ideais libertários. Liberdade ainda que tardia: o lema da bandeira de Minas, herdado dos Inconfidentes, traz em si toda a importância de seu significado.

Quando estive em Ouro Preto, visitei o museu da Casa dos Contos — que serviu como local para reuniões secretas e, mais tarde, de esconderijo e prisão aos mentores da Conjuração. Revivi um pouco do sentimento daqueles homens que lutaram contra o jugo da Coroa Portuguesa em favor da liberdade. E, hoje, no dia da Pátria, continuo acreditando: por mais amarras que traga um homem, livre sempre será seu pensamento. Homens que pensam livre são os mesmos (e os únicos) que transformam realidades. Que assim seja!




Tema da semana: Livre é o Pensamento (crônica)