Autoritarismo da CPI
Dizer que um determinado depoente terá de ali comparecer nem que seja de maca, por desconsiderar um atestado médico expedido pelo Sírio Libanês, já sinaliza uma arrogância desproporcional. Um assunto dessa natureza poderia ser discutido nos bastidores, ou nas chamadas reuniões secretas, sem a exposição em cadeia nacional.
Pôr em dúvida a seriedade de um dos hospitais mais bem conceituados do país não deixa de ser uma afronta à classe médica. Se eles mesmos dizem que decisão judicial se cumpre, também a decisão médica deve ser acatada, cabendo, se for o caso, interpor ação sem o conhecimento do público até que saia a decisão final.
Além de fazer a leitura do ofício encaminhado pelo hospital, assinado pelo seu diretor, ficou ironizando o paciente, em desrespeito à ética médica.
Se o STF tem concedido a outros depoentes até a faculdade de não comparecer à CPI, imagine a um paciente com atestado médico. No meu parco conhecimento jurídico e médico, acho que estão querendo comprar uma briga desnecessariamente.