A EDUCAÇÃO É "IMBIRA". ("Se queres ser cego, sê-lo-ás." — José Saramago)

A partir de minhas vivências nas escolas, pensando no Velho Normal, quando a prova servia, sim, para avaliação de quem a elaborara. Aliás, só servia para isso. O aluno tinha que passar de qualquer jeito. Se eu desse uma nota baixa a um aluno qualquer, teria de lhe dar um trabalho cobrindo essa nota; eu me castigando como se fosse minha a reprovação deles. Os pedagogos do governo chamavam esse método de dependência curricular.  

            Agora sei que cada professor age inusualmente ante ao mesmo fato,  porque interpreta os estímulos de forma particular, conforme o caráter já estabelecido, havia quem gostava dos resultados. Não me acostumei ainda com essa prática que transcende para o Novo Normal, os modernos e atualizados também aprovam as estatísticas bonitas, enfeitadas com números irreais.  Por isso, estou triste, amarrado de corda, minha alma está procurando uma saída, cura e subsídio. Ou melhor, estou numa crise profissional, doença do espírito e preciso dos medicamentos corretos. Estes medicamentos podem ser um conselho, um amigo, uma mão estendida, enfim, podem ir além de coisas materiais e palpáveis. Mas, o Mário Quintana desanimou-me mais ainda: "Não tenho vergonha de dizer que estou triste, Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios e não morrem nunca..." Não queria ofendê-los, são palavras dele que me servem agora de desabafo. Pois que meu senso de prejuízo está bastante elevado!

           Mas, não vou ainda me descuidar dos interesses coletivos e quero me mostrar colaborativo. Venha você me ajudar a desatar alguns nós cegos desse sistema educacional, lendo e divulgando minhas crônicas já está fazendo o papel de colaborador. Minha intenção é ajudar a melhorar. CiFA