AULAS ON-LINE E À DISTÂNCIA

A AMPLIAÇÃO COMPULSÓRIA DO ENSINO. A DISTÂNCIA DEVIDO A PANDEMIA. VANTAGENS E DESVANTAGENS.

Entenda-se “ampliação compulsória do ensino” como uma circunstância forçada devido às imposições da Pandemia. A distância passou a ser o vetor da eficácia do novo modelo de ensino proporcionado pelas redes sociais na Internet. Se, por um lado as condições técnicas da informação eletrônica favorece alunos e professores numa interação de propósitos, levando, principalmente, alunos conclamando-os às responsabilidades ao “estudar”, ainda que, de suas casas, de outro, as facilidades e performances na didática de ensino, estabeleceu-se certa distância na compreensão das aulas, pelos alunos, e, de certa parte, pela novidade também às novas técnicas pedagógicas por parte dos professores! È certo que a nova medida, ou bem ou mal, fez-se cumprir a demanda de aulas, sem obstaculizar o ritmo da pedagogia, ainda que, à distância... Permitiu ainda, a efetiva participação dos pais nos acompanhamentos de seus filhos, em casa e sob suas vistas imprimindo dessa forma, mais obrigatoriedade dos alunos nos misteres das aulas. Isto posto, vejo como parte das vantagens dessa ampliação compulsória do ensino!

Outra vantagem foi a de imprimir uma nova metodologia por parte dos alunos, do pré e principalmente do ensino médio fundamental, que espera poder estudar e absorver as aulas à distância e pelos notebooks, experimentando dessa forma uma integração, que até então jamais tinham visto! Já, na esfera universitária, não considero tanta vantagem com esse novo modelo, uma vez que, os alunos universitários, já acostumados com a aquisição e transmissão de informações pelos celulares e notebooks apenas tiveram mais tempo em casa sem que fosse preciso deslocarem-se para as Universidades.

De qualquer forma, a aquisição do conhecimento através das redes sociais e pela Internet, é o retrato atual de um novo modelo em que alunos e professores, se engajam nas pesquisas e preparação das aulas.

Como desvantagens, aponto que o aspecto “presencial” às aulas, ainda é a forma imprescindível de ensinar (por parte dos professores) e do aprender (por parte dos alunos), uma vez, que enseja toda a competência didática dos mestres e a proximidade dos alunos junto aos seus professores, onde a ocasião faz acontecer o maior carinho e atenção pessoal entre ambos: “O Educador e o educando”.

Eu apontaria ainda uma outra desvantagem, qual seria a maior falta de atenção por parte dos instruendos, que, à distância, valem-se mais das distrações e falta de atenção no que estão vendo, e não se integrando efetivamente nas telas dos notebooks e computadores, onde estão visualizando as aulas on-line...

Então, essa “ampliação compulsória do ensino” seja louvada uma vez que foi possível manter os contatos mesmo à distância entre professores e alunos, o que sem isso, teríamos uma nefasta interrupção da carga horária das aulas e da transmissão de conhecimentos!

Mas, fica uma pergunta: - “E para os alunos pobres, que não possuem um notebook nem computador e muito menos celulares, seriam os grandes prejudicados por esse novo modelo”? O Estado, então, deveria prover soluções no sentido de que essa parcela de alunos pudesse ter acesso à Internet com os equipamentos nas suas próprias escolas e devidamente protocolados pelos cuidados e normas da Pandemia!

Bem, fica então exposta essa falha: “Nem todos os alunos (principalmente os do ensino fundamental e pré), dispõem de meios para a eficácia do ensino à distância via Internet”! Mas, a distância ainda assim gera pequenas barreiras na interação, como já disse acima, no processo de aprendizagem. A questão “presencial” do aluno lhe dá segurança na eliminação de dúvidas, e, na obtenção de respostas àquilo, que o professor está ensinando! Além de maior conforto ao professor no seu processo pedagógico e próximo aos seus alunos!

Acho que sendo assim, o aluno sente-se mais motivado presencialmente na sala de aula que, no recôncavo de sua distância (em casa ou outro lugar que não a sala de aula)! No frigir dos ovos, essa situação inédita, vai permitir a ampliação de novas técnicas e processos pedagógicos aos professores, que, vão ser forçados e compelidos a se prepararem ante essa nova condição a que foram submetidos por conta da Pandemia!

Na minha opinião, esse evento vai entrar para a história e fazer memória nos seus anais, introduzindo medidas de excessão na transmissão dos conhecimentos, por parte da pedagogia e proporcionar novas motivações aos alunos universitários e de ensino médio, já que os do pré vão estar sob o estrito controle de seus pais e tias!

Vejo ainda, uma limitação na expansão desse novo tipo de ensino: Fica extremamente limitada as possibilidades de criação dentro do plano de aula dos professores, quanto aos enfoques das aulas, na dependência da criatividade e pesquisas, diferentemente de como seriam, as aulas presenciais, que, permitiriam mais mobilidade na utilização de meios (quadros murais, cartazes, slides, fotos, vídeos, etc...). E, por conseguinte, mais limitada aos alunos essas possibilidades, que certamente em casa ou outro local, não as teriam!

Por fim, o Brasil não está preparado para essa prática inovadora e circunstancial, considerando a interiorização das aulas dentro de casa e junto aos pais (alunos do ensino médio). Grande parcela de pais não são satisfatoriamente alfabetizados ou semi-alfabetizados, não tendo a menor condição de acompanhar seus filhos nesse modelo! A cultura de grande parte dos brasileiros ainda é deficiente e carece de mais estrutura uma vez que é dentro da família, que inicia-se verdadeiramente as fases de aprendizagem dos filhos e futuros alunos, e é na ESCOLA que está o cadinho formador e propagador do ensino junto aos professores, pedagogos por excelência!

Jose Alfredo Evangelista - jornalista

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 28/08/2021
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