Hemingway e Vinhos Raros

ESTOU evitando ouvir e assistir aos noticiários. Vejo e ouço apenas pedacinhos. Vou ser franco e meio ignorante: acho que o excesso de "informação" confunde, atordoa, distorce,altera e, claro, desinforma. É ocaso da terceira dose da vacina, dizem que pode ser de uma marca distinta das duas primeiras. Mas não explicam devidamente se isso pode ou não prejudicar a saúde do vacinado, se nao haverá sequelas. Não vou falar do noticiário político e geral porque não posso me segurar ante tanta provocação, babaquice e ofensa ao povo.Dá asco os podres poderes. Nonsense e absurdo Carniça. A covardia está imperando. Juro.

Por isso estou relendo os livros com as reportagens de Ernest Hemingway, "Tempo de Morrer". Ach que foi tão bom jornalista como foi notável romancista. Um estilo arretado, conciso,claro, exato. Ele conta fatos incríveis de suas andanças no período antes,durante até pós segunda grande guerra. Ele gostava de beber, entendia de bebida. Mas foi surpreendido na China por dois tipos de vinho que desconhecia: o vinho de cobra e o de pássaros. São palavras dele: "As cobras estão mortas, é claro -e encontram-se ali para fins medicinais. O vinho de pássaro é também de arroz mas no fundo da garrafa, ha uma porção de cucos mortos". Ele diz que gostou mais do vinho de cobra. Diz que cura a queda de cabelo e trouxe algumas garrafas para uns amigos mais necessitados.

Pessoalmente a minha bebida predileta é a cachaça de boa qualidade, tomo uma lapadinhas, mas de vez em quando tomo umas taças de vinho de Petrolina e de Lagoa Grande, feitos de uvas e sem contercobras e nem pássaros mortos. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 26/08/2021
Código do texto: T7328863
Classificação de conteúdo: seguro