O QUE VIM FAZER NESTE PLANETA?

Boa pergunta. Já me indaguei sobre isso por várias vezes. Vou tentar entender escrevendo este texto. Registro, aqui, que uma emoção grande invadiu meu peito no dia de hoje. O motivo de eu ter chegado a este mundo, tentarei esclarecer no decorrer desta narrativa.

Hoje, 25 de agosto de 2021, faz exatamente 72 anos que uma “pessoinha” muito especial, minha querida e saudosa mãezinha, sentiu muitas dores, mas, no final do sofrimento, aliviada e feliz, recebeu em seus braços um bebezinho. Era eu. Sim. Luiz Gonzaga. Cheguei ao mundo exatamente às 14 horas, numa lugarejo simples e humilde, a Piteira, pertencente ao município de Rio Espera. Maria Carreira, a parteira, que se tornou minha “madrinha de consagração”, teve também uma responsabilidade grande nessa minha chegada. Certamente, em uma tarde ensolarada, com muito vento e muitas folhas caídas debaixo das árvores, característica própria dessa época da natureza, preparando-se para a estação das flores, a primavera, aparecia eu para fazer parte de uma família cheia de amor e carinho.

Meus pais eram pobres, mas tenho a certeza de que nada disso atrapalhou para que eu fosse recebido neste mundo com toda alegria. Sem luxo, sem festa, fui envolvido, carinhosamente, em tecidos limpos, preparados meses antes por minha mãe: tenho convicção disso.

Continuando minha história, quero dizer: meu coração sempre está a perguntar qual a missão que Deus me deu para ser cumprida aqui na terra, desde o momento de minha chegada. Acho que não será tão difícil compreender e esclarecer.

O Pai Celestial, quando criou o mundo, entregou a cada ser humano, aos animais, à natureza uma responsabilidade. A minha, uma delas, creio eu, foi de a ajudá-Lo a povoar o planeta, transmitindo a meu próximo amor, generosidade e compreensão.

A fim de embasar minha narrativa, cumpre-me lembrar da parábola do evangelho de São Mateus, que faz referência aos talentos que, de Deus, todos nós recebemos.

Veja:

14 “E também será como um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. 15 A um deu cinco talentos[a], a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem. 16 O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. 17 Também o que tinha dois talentos ganhou mais dois. 18 Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor.

19 “Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. 20 O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco’.

21 “O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’

22 “Veio também o que tinha recebido dois talentos e disse: ‘O senhor me confiou dois talentos; veja, eu ganhei mais dois’.

23 “O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’

24 “Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: ‘Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. 25 Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence’.

26 “O senhor respondeu: ‘Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei e junto onde não semeei? 27 Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros.

28 “‘Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. 29 Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 E lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes’

Diante das palavras do evangelista, quero dizer que não enterrei meus talentos, como fez o “servo mau e negligente”. Tenho, nesses anos todos de minha existência, semeado, como professor e ser humano, um pouco do conhecimento que Deus me proporcionou e me ofereceu gratuitamente. Orgulho-me de ser filho do Pai Eterno e sou muito grato a Ele pelo que tenho e pelo que sou. Acho que meu papel, enquanto habitar este planeta, é o de fazer o bem a meu próximo dividindo com ele o que for possível.

Finalizando, acho que, através da mensagem evangélica, a qual tomei como base, posso atestar para meus leitores que não cheguei a este planeta por acaso. Cheguei para ser feliz, multiplicar os talentos que recebi, e proporcionar alegria para as pessoas com quem já convivi e, dia a dia, continuo convivendo. E reforçando, ajudar o nosso Deus a povoar o planeta, objeto de Sua criação.

LUIZ GONZAGA PEREIRA DE SOUZA
Enviado por LUIZ GONZAGA PEREIRA DE SOUZA em 25/08/2021
Reeditado em 06/01/2022
Código do texto: T7328220
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