Trabalho Manual
Aguardava sentado minha vez para ser atendido pelo Dr. Miro, um excelente psicólogo que oferece café expresso ou chocolate quente ejetados de sua moderna máquina 3 corações aos pacientes, avisando em tom de brincadeira, pretensamente para quebrar o gelo: “está tudo pago!”
Já me encontrava impaciente, sufocado (admito que precisava urgente da ajuda de um super psicólogo e que por isso, frequentava uma vez por semana seu consultório), então, à fim de fazer o tempo correr, resolvi fuçar em algumas revistas perfeitamente alinhadas que estavam em um cesto ao lado do sofá de espera, quando cai em minhas mãos um cartãozinho colorido, onde se lia: “Oráculo Noturno, pratique alguma atividade manual ou criativa que distraía você, como artesanato, pintura, crochê, jardinagem ou cuidar de plantas”.
Caro leitor, chego já ao final desta crônica contando-lhe (o necessário e infame clímax das historinhas) que acrescentei mentalmente à lista de atividades manuais, uma essencial e milenar, a punheta! Pois, o amigo há de concordar que essa atividade é necessariamente manual e exige ao menos um pouco de criatividade imaginativa para que se possa jorrar plenamente o gozo.