DEMÔNIOS E ENDEMONIADOS EM UM LUGAR COMUM ("Ainda hoje tem gente escolhendo a porcaria, no lugar da salvação!" — Cláudio Peixoto)

Quando estou entre os porcos, eles pensam que sou um deles. Se  estou em um lugar parecido com um chiqueiro, os espíritos de porco pensam que sou "espírito de porco", até aí, não me incomoda, pois eu, baseando-me em mim, em outro lugar civilizado, também fico pensando sobre eles serem gente civilizada. Porém, entristece-me bastante, quando não sou compreendido. Os rios não compreendem o mar com tanto sal sem morrer de sede.             

A metáfora se cumpre, quando me vem alguém que nem sabe lecionar, ensinar-me a lecionar. Se me vir na euforia da sala de aula, sou tachado de sem domínio de sala, como se os alunos precisassem ser dominados do jeito que as igrejas pretendem controlar seus membros endemoniados. Já nem sei mais se a beleza está mesmo nos olhos de quem vê. Parece-me que se encaixa melhor com a ideia o clichê: "a coruja elogia o toco que dorme".  Este é o procedimento didático que adoto há anos, incompreendido, porque as coordenadoras pedagógicas não conhecem a metodologia platônica; nos cursos de pedagogia não estudam filosofia: "Não eduques as crianças nas várias disciplinas recorrendo à força, mas como se fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição natural de cada um." (Platão ). Os simulados valendo nota não é brincadeira. (CiFA