Brisas

Brisas (Fernando Paz)

Ha momentos que a vida se apresenta como uma brisa. Períodos suaves temporários que nada relevante acontece, mas permite a reflexão e contemplação do instante.

Como brisas, não são memoráveis, ainda que tenham a capacidade de inspirar e estimular a presente caminhada. É o recuperar das forças após uma tempestade ou pensar no novo caminho quando você chega a um destino.

Nosso cérebro costuma fixar com mais facilidade emoções intensas. Por isso, oscilamos tanto entre Euforias e Melancolias, sem nos atentarmos aos intervalos.

Assim como a falta de vírgulas, torna uma frase acelerada e altera seu sentido. A vida sem essas “brisas” seria uma lupa sobre a tristeza e alegria, sem que conseguíssemos apreciar os instantes no justo tamanho que eles têm.

Precisamos de mais leveza. Nos permitir fechar os olhos, abrir os braços e simplesmente sentir. E ainda que nada significativo aconteça, ter a certeza que tudo ganha sentido dentro de si.