mini crônica: Louco, nem tanto

Ele se recusava a trancar a porta do seu apartamento; queria a porta sempre destrancada; se recusava a ter medo de outros seres humanos; chega !

Não ia viver mais com medo. Loucura? Que seja.

Sua família o abandonou. Foram viver em um condomínio fechado onde tiveram em pouco tempo a casa assaltada; os filhos feitos reféns ficaram traumatizados; a mulher passou a tomar remédios cotidianamente.

Voltaram a morar com ele.