PROCURA-SE VOLUNTÁRIOS!

Afinal, quem está disposto a encampar a “santa missão” em “nome de Deus e da Pátria”?!

Claudio Chaves

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DIZ um velho e conhecido adágio popular: “Quando um não quer, dois não brigam”. E essa é, sem dúvida, a maior insônia de toda a vida do atual Inquilino do Palácio da Alvorada, de seus gurus e de sua fanática claque em todo o País – e, por que não, até fora dele.

O MESSIAS, também apelidado por muitos de mito e, por outros, de genocida do Planalto e maníaco da cloroquina, jamais perdeu tempo na execução do seu plano: impor, pela manipulação e pela força, sua tacanha e distópica proposta de sociedade teocrática, unitarista, autocrática e anticientificista. Mas parece que, para o mal ou para o bem, alguns de seus mais importantes aliados no início da “santa missão”, como o STF, parte da burguesia liberal e até setores das ambiciosas Forças Armadas, agora, ameaçam pular da embarcação, recuar do golpe que, outrora, passiva e lenientemente patrocinaram.

QUAL é, afinal, a grande estratégia?!

ENCONTRAR o outro que queira brigar – “Quando um não quer,...” Ou seja, forjar o pretexto ideal para ação armada, quer por forças oficiais quer por milícias particulares.

MESMO com base nas mais esdrúxulas interpretações, a chamada garantia da lei e da ordem precisa de materialidade (ações concretas, fatos) para ser invocada e executada – ainda não existe a tipificação formal de ameaça à lei e à ordem (o que justificaria o emprego das forças oficiais) a partir da simples discordância de ideais, palavras e atos do Presidente da República, AIIINNNNNNNDA!

OUTRO conhecido provérbio popular, no entanto, assevera que: “Quem tem tu, manda tu; quem não tem, vai tu mesmo”.

QUESTÃO de silogismo simples: para assegurar ao presidente poderes absolutos (como ele e seus apoiadores sempre quiseram) é necessário a ruptura democrática; para a ruptura democrática, é necessário o emprego das forças oficiais – ou sua conivência com milícias particulares, como está a acontecer nesse momento no Afeganistão –; e para o emprego das forças oficias, é mister a convulsão social, o tumulto ou, como diria aquele conhecido Ministro da Educação, a balbúrdia.

PARECE que, aqui, os arquitetos do golpe se encontram diante de uma encruzilhada: “E agora?!”, perscrutam entre si. “Já tentamos de todas as maneiras mais conhecidas – e algumas até inusitadas – provocar esse tumulto, essa tal convulsão que justifique a invocação da GLO. Porém, até o momento, parece que quanto mais forçamos nessa direção mais aumenta o número de autoridades, instituições e até comuns na direção oposta: de resistência pelas vias legais do Estado Democrático de Direito. Que frustração!”

SEMPRE que ouço (e vejo) declarações “proféticas” dos patriotas defensores intransigentes do Mito, inspirados no próprio, de que “haverá uma guerra civil”, “o POVO não admitirá mais os abusos” “a hora está chegando”..., fico a me perguntar: “guerra civil?” “O povo?” Que guerra? Que povo?

DE 2016 pra cá e, mais dramaticamente, a partir de 2020, as guerras que tenho visto o POVO travar – e, literalmente, morrer lutando (enquanto o Presidente diz que não é coveiro e pra deixar de mi-mi-mi) – são contra o desemprego, a inflação e a fome e por hospitais, vacinas e educação.

QUEM, então, vai embarcar no projeto – que não foi arquitetado ontem – da ruptura democrática para, enfim, colocar “Deus acima de todos” – como lá no Afeganistão – e o “Brasil (leia-se o Messias) acima de tudo”? QUEM?!

EIS QUE, à guisa de conclusão, vos digo: “quando um não quer, dois não brigam”. Porém, “quem tem tu, manda tu; quem não tem, vai tu mesmo”; ou, ainda: “quem não tem cão ‘caça com gato’”.

ENTENDEDORES entenderão.