Sobre aquele que me chama de Cherie Cherry

Hoje eu me peguei pensando em nós. Em tudo aquilo que construimos e vivemos durante esses quase cinco anos de amizade, altos e baixos.

E seria inevitável me lembrar do fatídico e esperado dia que te vi.

Não me recordo se era uma quinta ou sexta feira mas era na Escola de Oração. Eu havia te convidado, você confirmara que ia, porém não aparecia e eu comecei a ficar ansiosa, inquieta. Devo ter ido lavar o rosto pelo menos umas cinco vezes, na tentativa de que quando eu saísse você já estaria do outro lado mas não.

Até que você me mandou uma mensagem e eu te disse para entrar.

Naquele meio tempo, eu estava em uma conversa séria com Deus e acabou que você entrou e eu não te vi.

Minha amiga me cutucou, me tirando do meu estado de êxtase e me trazendo de volta a realidade.Ele está ali, ela disse, mas sem os meus óculos eu não conseguia distinguir muito bem o que via, porém sabia que era você sim.

Travei, gelei, fiquei imaginando um milhão de coisas mas a principal era sobre o que você estava pensando de mim.

Mais um tempo se passou, até que finalmente tudo acabou e eu me dirigi em sua direção. Juntei toda a coragem que existia em mim, sorri por baixo da máscara e finalmente nosso encontro aconteceu.

Tentei quebrar o gelo chamando várias pessoas pra perto, acho que funcionou.

Depois fomos pra fora e ficamos conversando. Quando me sentei ao seu lado de forma bem "a vontade" foi a primeira vez que me toquei que você realmente estava alí, e eu estava feliz por estar ali também.

Conversamos, rimos, passamos vergonha também mas eu viveria tudo novamente!

Por fim, caminhamos pra ir embora, você me abraçou e eu fiquei um pouco sem graça mas não estranha ou desconfortável. Não queria ter que me despedir mas aqueles vinte e poucos minutos, talvez trinta confirmaram em mim algo que eu já sabia mas que talvez tivesse medo de verbalizar.

Eu queria (e quero) ter você, sempre, na minha vida.