Discurso de Gabo
NESTE domingo, logo cedinho, passei a vista em vários trechos do romance "Cem Anos de Solidão", de Garcia Márquez. Esse exemplar que possuo já está todo marcado e rabiscado. Tenho esse mau hábito de borrar os livros que leio. Adoro os romances do saudoso escritor colombiano. Fico sempre na dúvida de qual foi seu melhor livro. às vezes opto por Cem Anos, às vezes pelo "O Amor nos tempos do Cólera". Sou volúvel paca. Mas vou confessar algo: na verdade há um livro bem fininho dele que é o meu xodó, é "Ninguém Escreve ao Coronel". Ali está explicado o universo criado pelo autor. Sim, Gabo não só escreveu bem, mas criou um universo.
Mas dentro desse livrinho guardei um recorte do trecho do discurso de Gabo quando recebeu o Nobel. Sempre gosto de relê-lo. Acho arretado. Vou transcrever o trecho do discurso:
"Frente a opressão, ao saque e ao abandono, nossa resposta é a vida...Uma nova e avassaladora utopia de vida, onde ninguém possa decidir pelos outros, até a forma de morrer, onde verdadeiramente seja certo o amor e seja possível a felicidade, e onde as estirpes condenadas a cem anos de solidão tenham por fim uma segunda oportunidade sobre a terra". Bingo. Inté.