A ENGRENAGEM NA GRANDE RODA DA VIDA

Houve um tempo em que as pessoas podiam até ser conceituadas socialmente apenas pela profissão que ocupavam. E que alguns poderiam definir seu modo de pensar e agir apenas rastreando qual o seu papel social. Hoje peregrinamos por caminhos que nos levam a crer que não mais podemos nos rotular assim, pois as pessoas cada vez mais multiplicam suas habilidades e passam a lidar com duas ou três ocupações ao mesmo tempo. Isso pode se dar em parte por diversos motivos. Entre eles, está na capacidade que o ser humano tem de se reinventar; quiçá esteja em uma necessidade humana de recomposição de renda familiar. E ainda assim podemos perceber e mais precisamente, que na atualidade em razão do fácil acesso a informação é perceptível dizer que não dispomos de características fechadas de tão-somente um ofício. Na verdade o conhecimento é multifacetado e nos conduz a desenvolver potencialidades e atividades em diversas áreas da vida. Nesse sentido, Confúcio, filósofo chinês, instrui que “a essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído”.

É relevante dizer que nesse paradigma havia a premissa de que se uma pessoa se destacasse em uma área, em outra possivelmente ela não estaria bem desenvolvida. Eis o desafio: “estamos atentos a conciliar as doze áreas de nossa vida”? Isto é, talvez muitos de nós nem saibamos ainda que são concebidos doze campos para podermos fazer funcionar a roda da vida. O escritor americano, Paul J. Meyer, fundador do Sucess Motivation Institute, na década de 1960 identificou doze áreas para que uma vida seja considerada plena. Essas doze extensões são divididas em quatro grupos: pessoal, profissional, relacionamentos e qualidade de vida. Quando se trata do pessoal, fala-se em saúde e disposição, equilíbrio emocional e desenvolvimento intelectual. Já no profissional compreende-se realização e propósito, recursos financeiros e contribuição social. No terceiro grupo, relacionamentos, está a área familiar, amorosa e social. E por último, qualidade de vida, se faz por plenitude e felicidade, espiritualidade, criatividade - hobbies e diversão.

Vale dizer que muitos de nós não conseguimos desenvolver em sua totalidade essas doze áreas. Pode ser que em algumas fases da vida sejamos afetos mais a uma do que a outra. Na verdade a autoconsciência dessas ideias é fundamental para que possamos fazer funcionar de maneira balanceada o mecanismo da grande roda de nossa vida. Percebemos que conforme esses conceitos tudo é uma engrenagem; ou ainda podemos comparar tal designação a um jogo de dominó em que cada peça depende uma da outra para que possamos alcançar satisfação em maior integralidade durante toda a nossa existência. É indispensável identificarmos qual é o nosso nível em cada seguimento para que então possamos atribuir mais foco na área que está com menor valor atribuído. De sorte que o poeta irlandês, Oscar Wilde, nos afirma que “viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”. De certo que cada vez mais podemos ser múltiplos e alcançarmos muito mais conhecimentos e aplicações. Tudo isso para que possamos transitar no cenário intelectual e físico, emocional e espiritual com maior segurança. E ao mesmo tempo para contribuir com maior efetividade para com toda a humanidade.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 22/08/2021
Reeditado em 22/08/2021
Código do texto: T7325971
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