PARA VIVER MUITO... ("Homem de grande paz, homem de muita vida; para viver, deixar viver". — Baltasar Gracián y Morales)
Uma das minhas muitas alegrias de ser velho é poder assistir aos meus inimigos, que queriam ir para o céu, tentando me corrigir duramente; sendo tragados pelo deus Kronos aos pares; com certeza, o inferno tem mais interesse em nós que o céu. Não é vingança, é amar o próximo como a si mesmo!
Como pode alguém ter nascido para morrer e não ter sido útil a ninguém? Nesse caso, até a morte é uma maldição. Quem de nós não deseja a morte dos nossos inimigos? Minha oração é que eles morram logo, tome posse desta maldição que a lei da causa e efeito lhes atribuiu. Enquanto isso, eu vou morrer de viver! Talvez só assim a vida tenha sentido em si, Assim estou na bênção de Gilmar Pereira: "...seu transbordamento encha o coração de alegria".
Não existe vida após a morte, por isso preciso aproveitar cada dia aqui para ser feliz. Agora falo de intensidade... E a maldição do morrer quero depois. Pensando na longevidade, fujo do estresse. Que eu vá por último, quero ainda ensinar para os jovens que a vida tem sentido em si mesma, sendo longa e intensa. A extensão de minha existência chama-se vida útil e prestativa, porém, o resto é morte. CiFA