Terra Natal
Tal qual Casimiro de Abreu - "todos cantam sua terra, também vou cantar a minha" -
Quem tem a curiosidade de olhar o meu perfil, encontra lá: "eu sou de Petrolândia / e moro em Maceió / o paraíso das águas / de lagoas ao redor / caminhar em sua orla / faz minha vida melhor". Mas, a bem da verdade, eu tenho duas naturalidades: uma de fato e outra de direito. É evidente que, quando nos apresentamos, o que conta é o documento. Na condição de ribeirinho do São Francisco, nasci na área rural do município de Glória, Bahia. A sede do município, muito mais distante que a cidade de Petrolândia, para a qual basta atravessar o rio, fez com com que todos os negócios da família se voltassem para a mais próxima, inclusive o registro de nascimento. E, para efeito de estudos, também foi esta a escolhida.
Então, ao cantar a minha terra, tenho de homenagear a duas.
Precisamente no ano de 1988, em decorrência da construção de uma barragem para fins hidroelétricos, as duas foram inundadas, surgindo novas cidades, hoje com 33 anos, e muito mais prósperas que as antigas. As suas economias decorrem da agricultura irrigada e exportam seus produtos para outros mercados.
Pela extensão do lago e seu volume d'água, surgiram ilhas que se tornaram pontos turísticos, entre as quais "A Ilha do Rarrá", facilmente encontrada no Google.
Tendo deixado a região há exatos 50 anos, é pra lá que sempre vou, agora na condição de turista. Como referência geográfica, dizemos localizar-se na região de Paulo Afonso, a Capital da Energia Elétrica.