As Gafes Jurídicas da CPI
Mesmo contando com sua Assessoria Jurídica e alguns dos seus membros serem advogados, a CPI tem cometido algumas gafes jurídicas.
Ao tempo em que convoca o depoente na condição de testemunha, quebra seu sigilo bancário e telemático, o que o torna automaticamente como investigado. Assim, a defesa recorre ao STF, pedindo que o depoente possa ficar em silêncio para questões que possam incriminá-lo.
Diante das constantes respostas - "me reservo o direito de ficar em silêncio", o próprio presidente vai-se irritando, a ponto de suspender a sessão, para, no seu gabinete, com os aliados do G7, adotarem medidas mais punitivas ou até mesmo encerrando a sessão em definitivo.
Assim, enquanto a CPI fica mais enfraquecida, o depoente ganha fôlego para retornar noutra condição, aínda mais fortalecido. Por isso, a própria CPI termina por desistir da reconvocação, sob alegação de não ter mais o que acrescentar.
Nesse chove e não molha, sua credibilidade vai ao fundo do poço. E eles, que tanto dizem que não são bobos, imaginam que nós o somos.