Saigon e Cabul
ACHO que só Eremildo, o idiota, não sabia que era iminente a tomada total do poder no Afeganistão pelo Talibã. Ora, eles estavam tomando sistematicamente e celeremente cidade por cidade de forma avassaladora. Mas a imprensa, repetindo a avaliação d governo americano, afirmava que Cabul só devia cair daqui a alguns meses e que a retirada dos americanos e de seus funcionários afegãos seria tranquila. Qual o quê!, no domingo os talibãs ocuparam Cabul. É claro que os membros do governo títere dos EUA já tinha pisado no barro.
Nao e surpreendi, nem mesmo com as cenas chocantes de desespero mostradas pela tevê, algumas enfeitadas e retrabalhadas (fake). Mas é caroque as coisas não saíram como os americanos planejavam. Não pensem que é invenção ou mentira, mas na hora que as cenas apareceram na tevê e minha esposa me chamou para vê-las, eu estava ouvindo a música Saigon, cantada pelo saudoso Emílio Santiago, repito um pedacinho: "Tantas palavras/ meias palavras/ nosso apartamento um pedaço de Saigon/ me disse adeus/ no espelho com batom...". Então na hora que nem caldo de cana, vendo as cenas, me lembrei do vexame americano em Saigon em 1975. Se aquelas cenas foram penosas e trágicas, as de agora repetem com mais ênfase o v vexame. Os americanos precisam aprender que não podem e não devem invadir países. Sempre saem dele correndo. Só espero que os talibãs sejam sensatos e não cassem as conquistas das mulheres. Mas acho que cada país deve resolver seus problemas. Go home, EUA. Inté.