É pecado perder tanto tempo e dinheiro enquanto muitos morrem. De fome, de negligência ou doentes. É pecado perder tanto tempo em odiar. Em execrar. Enquanto tantos morrem pela indiferença cotidiana. Morrem invisíveis. Há um séquito de miseráveis a dormir sob as marquizes, nas praças públicas e padecem de frio, fome e fraqueza. Ossos anêmicos. Fisionomias desfiguradas que os desumanizam... E, não os notamos. Quando será que entederemos que ao desumanizar o outro, perdemos todos nossa humanidade.? E, até os animais mostram-se solidários, atentos e superam os próprios instintos... ultrapassam fronteiras para ajudar, para solidarizarem-se... Não existem inimigos atávicos. Ninguém é preconceituoso de nascença.
De nascença, somos apenas humanos. Animais frágeis dotados de infância longa e, maturidade incerta. De nascença, carregamos o DNA que encerra um código enigmático a trazer aptidões, tendências e possibilidades distantes... Por vezes, ao andar na mesma calçada, sinto-me amendrontada pela explícita indiferença que atravessa a rua.
E, solenemente finge que nada aconteceu, enquanto uma pessoa jaz caída no chão, depois de atropelada e, provavelmente, morta do outro lado. Nessa maratona diária, de ir e vir. De sobreviver automaticamente. Dispensamos a dignidade. Esquecemos a empatia. E, desmerecemos ser chamados de homo sapiens sapiens. Diluimos a sabedoria na dureza de um coração mínimo e indiferente.
De nascença, somos apenas humanos. Animais frágeis dotados de infância longa e, maturidade incerta. De nascença, carregamos o DNA que encerra um código enigmático a trazer aptidões, tendências e possibilidades distantes... Por vezes, ao andar na mesma calçada, sinto-me amendrontada pela explícita indiferença que atravessa a rua.
E, solenemente finge que nada aconteceu, enquanto uma pessoa jaz caída no chão, depois de atropelada e, provavelmente, morta do outro lado. Nessa maratona diária, de ir e vir. De sobreviver automaticamente. Dispensamos a dignidade. Esquecemos a empatia. E, desmerecemos ser chamados de homo sapiens sapiens. Diluimos a sabedoria na dureza de um coração mínimo e indiferente.