A MORTE DE TARCÍSIO MEIRA E AS AUTORIDADES
Prólogo
Na decisão que determinou a prisão e outras medidas contra o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), listou indícios de mais de dez crimes.
Não é de hoje que essas autoridades se digladiam, “se bicam” como dizia minha saudosa mamãe Júlia (Que Deus a tenha sob sua luz e paz).
Não sou juiz, não tenho nada com essas divergências de interesses, mas de uma verdade eu sei sem querer discutir o mérito da questão: Esse quiproquó ainda dará muito o que pensar, falar e escrever porque todos os nossos representantes, nas esferas municipal, estadual e federal se entendem autoridades.
SOBRE OS ENVOLVIDOS
Roberto Jefferson – Presidente nacional do PTB
O atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson é o pai do neologismo “mensalão”. Embora o termo já fosse conhecido por outras razões, segundo o deputado, o termo já era comum nos bastidores da política, entre os parlamentares, para designar essa prática ilegal. Jefferson acusou o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, de ser o mentor desse esquema fraudulento.
Roberto Jefferson, que inicialmente provocou o escândalo, foi expulso da Câmara dos Deputados em 14 de setembro de 2005 por violações éticas determinadas pelo Conselho de Ética do Congresso. Tudo em vão!
Sim. Debalde porque a sociedade revoltada, infeliz, magoada e irreverente, continua votando por protesto, fazendo as escolhas dos menos capazes para uma péssima representação no Senado e Câmara dos deputados.
Pouco antes de ser preso, por ordem de prisão expedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o bolsonarista Jefferson gravou e publicou um vídeo onde xinga os ministros por permitirem investigações contra Jair Bolsonaro. Nesse vídeo chama Moraes de “cabeça de ovo”, “vagabundo”, “cachorro”, entre outros impropérios, além de xingar Barroso, também ministro do STF, de “pederasta”.
Alexandre de Moraes – do STF (Supremo Tribunal Federal)
Alexandre de Moraes, tratado de forma jocosa por Jefferson pela alcunha de “Xandão” – (SIC) é um jurista, magistrado e ex-político brasileiro, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). É professor associado da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP), onde se graduou. Tornou-se doutor em Direito do Estado pela mesma Universidade, sob a orientação do professor Dalmo Dallari, apresentando uma tese sobre jurisdição constitucional.
Foi Secretário Municipal de Transportes de São Paulo da gestão de Gilberto Kassab, de 2007 a 2010, e Secretário Municipal de Serviços, cumulativamente, de 2009 a 2010. Em 2010, fundou um escritório dedicado ao direito público, em que exerceu a advocacia até o fim de 2014, quando Geraldo Alckmin o nomeou Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Alexandre de Moraes foi Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Michel Temer a partir da abertura do impeachment de Dilma Rousseff, em 12 de maio de 2016. Em 2017, foi nomeado por Temer para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga do ministro Teori Zavascki, que faleceu em um acidente aéreo. Atualmente preside a Primeira Turma do STF.
SOBRE A PRISÃO DE ROBERTO JEFFERSON
Na decisão que determina a prisão de Roberto Jefferson, Moraes afirma que o bolsonarista faz parte de uma “possível organização criminosa” que busca “desestabilizar as instituições republicanas”. – (SIC).
“Uma possível organização criminosa – da qual, em tese, o representado faz parte do núcleo político –, que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio Congresso Nacional” – (SIC), escreveu o ministro.
MINHA LIVRE CONVICÇÃO
No meu entendimento, respeitando as opiniões contrárias, a discussão do papel do STF é uma questão que envolve o conceito de Estado Democrático de Direito. Que sustenta a Constituição a qual depende do Tribunal Constitucional.
Sem querer me envolver nessa briga inconveniente, feia e desnecessária, sem discutir o mérito das causas dessa vergonhosa pendenga tão comentada por alguns festejados juristas, discordo dos que consideram atípicas esses impropérios de ambos os lados.
Discordo porque tudo, há muito tempo, é recorrente e banalizado. Aliás, o Mar Morto já estava enfermo quando já aconteciam essas divergências, ressentimentos ostensivos, improficientes, e desfavorável à sociedade e ao progresso dos menos aquinhoados.
CONCLUSÃO
Considero atípicos, sejam de quem forem, os ataques aos poderes constituídos e à sociedade de uma forma geral. Atípico é a nação não ter uma resposta para a pergunta que não quer calar: Quem garantirá as garantias (minhas escusas pelo palavreado talvez esfíngico) quando as instituições que as garantem não são garantidas?
Enfim, concluo este texto comentando uma outra decisão aceita, mas não compreendida: Tarcísio Meira e a sua esposa Glória Menezes, fizeram parte dos alvos dos desligamentos em massa que a Globo vem promovendo nos últimos anos. Além deles, Renato Aragão, Miguel Falabella, Malu Mader, Maitê Proença, Stênio Garcia e diversos outros foram demitidos.
O desligamento chegou a ser criticado por Boni, que alegou que estrelas como Tarcísio “não são funcionários, são sócios”. – (SIC). No "Conversa com Bial" o casal falou sobre o episódio. “Acho que a Globo está tomando novos e diferentes rumos, o que acho muito bom. Para nós mais velhos, o novo é sempre um desafio”, afirmou Tarcísio Meira.
“Fizemos boas coisas e temos certeza de que fomos muito importantes”. – (SIC), avaliou o ator. Esse foi o cidadão NÃO RESSENTIDO (Grifei) e cônscio de suas potencialidades profissionais de minha infância e adolescência. Que o bondoso Deus o tenha sob sua eterna luz.
E nesse diapasão ou tresloucado ritmo de esconsas decisões, com desilusões burlescas, o Coronavírus usando fantasia de autoridade caricata continua fazendo a festa funesta executando nossos heróis de infância e adolescência. Tarcísio Meira foi um dos meus exemplos de profissional nas artes cênicas, cidadania e equilíbrio socioafetivo.
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NOTAS REFERENCIADAS
– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;
– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.