GERAÇÃO COCA-COLA
Em plena década dos anos 80 um famoso grupo de Rock lançou no ar uma geração coca-cola, que perguntava que País é este?
Hoje em pleno século XXI a geração coca-cola então questionadora, politizada parece estarrecida diante do País.
Esse é o país onde o poder paralelo fecha o comércio, interdita ruas, decreta luto pela morte de traficantes e todos nós cidadãos abaixamos a cabeça e indecentemente obedecemos.
Esse é o país onde o luto pelo traficante virou moda.
Então devemos sentir pesar pela morte de um meliante que joga milhares de nossos jovens nas negras valas do vício, da prostituição, da violência? Que desce o morro comandando os chamados bondes para assaltar, matar, seqüestrar, invadir prisões?
Quem são essas pessoas? Ora, produtos do meio, vítimas da miséria e da omissão dos poderes cabíveis. Nossas leis os protegem enquanto servis fechamos nossas portas, nossos olhos, temendo perder a vida.
Poder paralelo, facções que determinam até a cor da roupa que podemos ou não usar.
É não falta mais nada!
Qualquer dia desses talvez nos exijam que arranquemos os nossos hibiscos e cedamos nossos jardins para que cultivem suas ervas malditas.
Daqui a pouco teremos que montar trincheiras nos portões de nossas casas e treinarmos nossos filhos a usar armas pesadas para que revezem conosco pôr quarto de hora a defesa de nosso lar território.
Daí, quando o pai conseguir escapar das balas perdidas, dos assaltos, seqüestros relâmpagos e são e salvo chegar em casa o filho de guarda na trincheira perguntará logo:
- Pai trouxe balas? E o pai responde:
- Sim! De magnum 45, fuzil AR15, de USI, qual você prefere? E o filho ainda com dentes de leite responderá: - Eu preferia de morango!
Nossa geração coca-cola hoje cheira coca e cola, fuma maconha já não lembram mais o gosto da liberdade. E ainda se pergunta: - Que País é esse?
ªLaura.