Alô,tudo ruim

CONFESSO que ainda sou um sujeito analógico. Nunca vou deixar de ser assim,um matuto avesso aos novos tempos e à tecnologia.Não tenho nenhuma intimidade com eles, até acho que essa reação tem muito de ignorância. Simplesmente reajo, repito, aos novos tempos. Vejam bem, prefiro o telefone fixo ao celular. O meu celular, da marca Positivo, antigo, só uso para falar com uma filha que mora em Pesqueira e quando estou num local distante do telefone fixo.

Mas estou desligando o fixo comum, não tem bina, durante quase todo o dia.Motivo; os telefonemas que recebo de operadoras, bancos, emprsas todos oferecendo planos, objetos, vantagens de araque. Telefonam ate de associações de animais, religiões de resultado e pesquisas e o escambau que não me interessa. Estou na sala assistindo um filme de suspense e, poke!, o danado toca, corroa passos lentos e quando atendo é oferta,besteira ou engano. Dia desses telefonou uma operadora e um sujeito disse: - Tudo bem?Mandei ver: - Não tudo ruim. O carinha insistiu: - Mas ruim por que senhor? Fui ao ponto: - Como é que pode estar tudo bem se estamos em meioa uma pandemia? E desliguei. Os de religiões sempre respondo que ligaram para um centro de macumba, pergunto se desejam fazer algum despacho. Desligam. Eos que noto que se trata de cobrança indevida voulogo dizendo (aprendi com uma amiga aqui do Recanto: - Funerária Jesus te chama. Desligam.

Reconheço que o telefone é indispensável. Mas não gosto de telefone. Soudo tempodo ronca. E priu. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 10/08/2021
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