PAIS E FILHOS DISTANTES
DIA DOS PAIS... E como os pais merecem ser homenageados...
Sempre existe uma certa tristeza quando um pai se vê longe de seus filhos,
pois um abraço em distanciamento não tem o mesmo efeito...
Todo carinho do mundo é pouco... Juntos, ainda que distantes...
Osculos e amplexos,
Marcial
TEXTO ESCRITO EM 12/10/2012.
PAIS E FILHOS DISTANTES
Marcial Salaverry
Está aí o dia dos Pais. Vamos ter muita festa, com aquela gostosa união familiar. Pais e filhos se abraçando numa linda demonstração de amor, por certas circunstancias, em distanciamento... Coisas da vida... Realmente existem datas consagradas à união familiar. O Dia dos Pais, como o Natal, como o Dia das Mães, é uma data das mais festejadas pela união familiar. Festas à parte, vamos falar um pouco do que pode ser sentido por pais e filhos que as circunstancias da vida forçam a uma separação. O que normalmente é considerado como uma infinda tristeza, pode e deve ser encarado de outra maneira. Consideremos como uma espécie de teste que é imposto, para que se possa aquilatar a força desse amor.
Chega a ser interessante essa relação Pais e Filhos. Muitas vezes, quando juntos, querem estar longe. Se separados, lamentam a distância que os separa. Quando a distancia que os separa é pequena, ainda não chegam a dar o devido valor, pois afinal está aí, ao alcance da mão. A qualquer momento que se queira, pode-se ter a companhia, a presença. Então, protela-se a visita para amanhã, para qualquer outro dia, e às vezes esse dia demora para chegar, mas ele está logo ali, pra que a pressa? Todavia, por vezes a distancia aumenta, e o que estava ali pertinho, vai para longe, ou para longe demais... Fica mais difícil um encontro, um reencontro. Aí bate a saudade.
O papai está longe, por que não me preocupei mais com ele quando estava perto? O amor continua o mesmo, mas falta a convivencia, e aí bate a tristeza. Quando então acontece o inevitável, aí é que a saudade bate forte, aí é que se lamenta o pouco caso demonstrado quando estava ao alcance da mão. Pergunta-se então porque a convivencia não foi aproveitada quando era possível, mas aí então já é tarde.
Estranhos são os caminhos do Senhor, bem como estranhas são as reações do ser humano. Por que será que muitos só dão valor ao que tem quando perdem? Por que esse sentido de se julgar superior aos sentimentos inerentes a todo ser humano? E depois, quando descobrem que são tão humanos quanto todos os outros, lamentam o tempo perdido.
Interessante isso... Pais e filhos distantes, precisam ser muito fortes para superar a tristeza. Precisam ser muito fortes para entender o porque dessa separação. Precisam ser muito fortes para não deixar o amor fenecer. A distancia pode e deve ser motivo para se fortalecer o bem querer, como preparativo para o reencontro, nem que seja em outro plano... Sempre é muito triste para um pai sentir-se pelos filhos esquecido...
Pais e filhos distantes, apenas não podem deixar que a distancia provoque o surgimento de mágoas que possam dificultar o reencontro. O carinho pode e deve existir mesmo à distancia. A tecnologia moderna facilita isso. Um simples cartão, um telefonema e mesmo um e-mail com as palavrinhas mágicas: "eu te amo", "tenho saudade", "quero te ver", fazem milagres. Flores podem ser enviadas à distancia. Pequenos gestos que indicam carinho, atenção, nunca são demais. E aqueles que tem a sorte de estar juntos, nunca deixem de dar valor à companhia. Nunca pensem em mães e pais como "aqueles chatos que não saem do meu pé", pois quando não os puderem ter mais, talvez sintam a falta e dêem o devido valor.
A mesma fórmula se aplica àqueles chatos que ficam escrevendo o que, por vezes, não queremos ler. Aproveitem, enquanto eles ainda estão escrevendo... Um abraço a todos, e que este Dia dos Pais possa ser realmente UM LINDO DIA... Juntos ainda que distantes...