Alfabetização e Letramento na era da pandemia

A pandemia de 2020 chegou e mudou tudo e todos,” revirou do avesso” todos os setores de nossas vidas,inclusive o da educação. Mais precisamente ,a alfabetização e o letramento.E já faz um ano isso.

Há anos,estávamos acostumados com o modo tradicional e inequestionável no jeito de ensinar e aprender. De repente,a pandemia sacudiu essa esfera,fazendo as pessoas a se mexerem e a pensar mais,melhorar mais,sair da rotina e deixar somente o que é importante e também mais atentas,exigentes no quesito educar.

Renovação,inovação,sair da mesmice,cooperatismo,trabalho em equipe,que “ninguém é uma ilha”,nem dentro da educação. Todo mundo aprende com alguém ,com o exemplo de alguém.

A escola não é só lugar de adquirir conhecimentos,conteúdos para para a realidade ou não. Porém,é a socialização,o interagir com o outro é que faz ensinar e aprender. A educação,como alfabetização e letramento acontece através desse socializar. O aluno aprende olhando ,brincando e socializando,dentro da comunidade.

A alfabetização é um processo contínuo e longo;não se encerra no 1ºano do ensino fundamental,mas sim nas séries finais deste.E aqui não se falando ou entrando na questão do analfabetismo digital e nem funcional,apenas o básico que é assegurado em lei ao cidadão,desde que nasce.

Com a pandemia,a escola deixou de oferecer uma das coisas mais importantes para aprender:o cativar,o contato físico com o outro (colega x colega, professor x aluno,etc). Tornou-se a alfabetização e o letramento em algo mecânico e frio,com a chegada de algumas tecnologias ,chamadas “ Tecnologias da Educação”,dentro de um ensino híbrido. Ficou digital,de uma hora para outra ,sem preparar corpo e mente de seus educadores e deixando famílias com a “pulga atrás da orelha”,porque muitos não tem tanto estudo e tempo para acompanhar ou então ensinar,ou ajudar no reforço escolar. E assim,ela está acontecendo aos “ trancos e barrancos” .Só daqui uns quatro anos poder-se-á dizer que voltará mais ou menos ao seu jeito certo.

E para não ficar tão frio assim ,as aulas continuam presenciais,nem que seja 50%. A volta para esse ensino presencial trouxe muitas dúvidas e preocupações ,mexeu com o estado emocional e psicológico de todos,independente da idade de quem ensina ou aprende. Algumas crianças e educadores desenvolveram síndrome do pânico,ansiedade, hiperatividade, TDHA, entre outros, segundo pesquisas. Por conseguinte, notou-se que o ser humano, na alfabetização e letramento ,é um ser social, que precisa do contato físico e emocional do outro para aprender a ler e escrever ,especialmente e fazendo-se através do chamado currículo(onde todos são iguais ,mesmo que diferentes de classe social,de credo,etc).

A educação precisa acompanhar os tempos modernos.É chegada a era digital e necessita-se aprender,a se alfabetizar e se letrar em todas as modalidades e tipos de ensino híbrido,desde criança,pois este não é nada mais que uma instigação,uma sedimentação e um aprofundamento do que o nosso mundo real está nos mostrando todos os dias.E veio para ficar o dito “ novo normal” e quem não quer acompanhar este processo, ficará fora da socialização,da alfabetização e do letramento. Quiçá de empregos melhores futuros.