VIDA NOVA: CUIDANDO DO AMOR


A vida é uma surpresa e o ser humano é um mistério. Você pensa que se conhece, que conhece o outro, mas não é bem assim. Somos indecifráveis.

Temos sonhos, fantasias e temos também a realidade da vida. Saber conjuga-las é o nosso desafio.

Quantas vezes sentimos vontade de jogar tudo para o alto e seguir um rumo novo, diferente, tantas vezes retratado e visualizado nos livros, filmes, teatro e novelas. Falta-nos a coragem, porque somos acomodados ou talvez lá no fundo, resta-nos um sentido de compromisso, de construção, de caminho percorrido, de pé no chão, de rotina, de “feijão”, lei lá...

E aí, vemos acontecer perto de nós; paixões reprimidas e ou vividas de forma esporádicas e sem perspectiva de uma experiência completa e duradoura.
A paixão realmente é um sentimento egoísta que cega e tira o uso da razão dos parceiros. É um sentimento que não constrói, porque ele é de momento, não exige compromisso. Mas ai, dos que estão a sua volta. Sentem-se rejeitados, não só no momento da descoberta, mas durante todo o tempo. O nosso coração sabe, quando o outro não está inteiro. Mas as reações dos parceiros são as mais diversas.

Conheço um casal que tinha 20 anos de casados, quando ele descobriu um novo amor. Um ano e meio após, a esposa que não sabia de nada, apenas sofria com a sua indiferença, encontrou um rascunho de uma carta de amor. Ela transfigurou-se, mas calou. Ninguém soube, em respeito a si própria e ao esposo. Apenas um dos filhos percebeu. E a dor a fez adoecet  durante muitos anos, mas ele ficou e ela o perdoou, com a graça de Deus.

Mas se tratando de casais novos, há reações diferentes. Cada caso é um caso, cada experiência tem suas gravidades e suas consequências.

Reflitamos: a outra ou o outro é a fantasia, o sonho. Você é a realidade, o “feijão”. Se realmente existiu um amor, que começou essa relação conjugal , apesar das dificuldades diárias do convívio, vale a pena investir, rezar e pedir a Deus o dom do perdão. Reconhecer que erramos e fortalecer os elos da comunhão e recomeçar uma vida nova.
Uma vida de fidelidade verdadeira, apesar de não sermoa almas gêmeas,, mas sempre cuidando do Amor!

                                                            Escrita em 10 de agosto de 2004 e
                                                      incluída no Recanto em 03 de agosto de 2020
                                                                                   Terezinha Domingues

Terezinha Domingues
Enviado por Terezinha Domingues em 03/08/2021
Reeditado em 21/12/2021
Código do texto: T7312965
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