Pandemia.
Por mais perigo que corremos no dia a dia, nunca estivemos tão próximos da morte como nesta pandemia.
O monstro minúsculo invisível nos deixou descontentes alojando-se nos pulmões dos sete continentes.
De leste a oeste, de norte a sul, com toda a sua tirania chega até a Oceania.
O vírus, até então, continua sendo um mistério, ruas desertas, um verdadeiro cemitério.
Hospitais lotados sem leito, muitos infectados, um aperto no peito.
Máscara sem carnaval, o mundo se ajoelha sem rezar. Que azar!
Toneladas de álcool, mãos ressecadas, lockdown vertical, horizontal, take away, lay off, home office.
Está sendo posto à prova a nossa resiliência e a nossa paciência!
A fuga mais salutar era arregaçar as mangas e trabalhar, mas aonde estava o trabalho?
Nos recolhemos e nos encolhemos dentro dos nossos casulos, não sabíamos se saíamos num caixão ou se como numa grande metamorfose viraríamos borboletas para recomeçar a voar.
O comércio fechou, a economia quebrou, os ateus passaram a acreditar que existe um Deus.
Oração na janela.
A hipocrisia desmascarada a cada dia, anjos e demônios se revelaram de forma clara na nossa cara.
Hashtag fique em casa e tudo se resume ao quarto, cozinha e banheiro.
Divórcio, homicídio e suicídio.
Morrer para muitos virou um mal necessário onde outrora não se podia ouvir a palavra “morte” tão banalizada quando literalmente podíamos assistir pessoas próximas e especiais morrerem sufocadas sem oxigênio.
Grandes máfias sendo reveladas a luz do sol, que lindo!
Tudo me fez acreditar mais e mais que realmente existe um Deus, pois nunca fui ateu, o meu crer nas energias se potencializou, onde chego a conclusões cada vez mais conclusas que morrer em vida é a pior morte que há!
Por isso saiam do casulo, se transformem numa bela borboleta, com asas coloridas para alçar novos voos dos quais nem em seus sonhos e nem em seus piores pesadelos você se imaginou voar…
#vsnocotidiano