MAIONESE DE MUNHECA
Domingos são inevitáveis convites à lembranças. Com a pandemia aconteceram algumas mudanças e por conta disso, sumiram os fiéis à caminho das igrejas próximas de onde moro.
Assim fiquei privado da visão de dona Vandinha com seus quase noventa anos e uma altivez de dar inveja, subindo a ladeira para celebrar a vida na missa de domingo.
Uma outra senhora, sempre de bíblia na mão, à caminho da sua igreja evangélica.
De ambas sempre recebi afetuosos cumprimentos em especial de dona Vandinha que sempre a mim se dirigia chamando-me de "Seu Juélll".
Estas são lembranças recentes,mas existem aquelas que fazem parte de nossos melhores momentos,por exemplo, almoços d e família, a chegada da avó,da tia ou da madrinha para o almoço de domingo, ou vice versa - a gente chegando para almoçar na casa deles.
Há cheiros que estão encalacrados aos domingos. Frango de padaria, por exemplo.
Já declarei algumas vezes em meus textos que adoro pilotar um fogãozinho.Não sei fazer pratos exuberantes,mas modéstia a parte, sou muito elogiado no básico que preparo.
Cozinhar faz bem ao espírito, inspira a criar novos temperos,dar um toque especial até ao arroz nosso de cada dia.
Depois lavar a louça...Aquela passagem do impuro para o limpo evoca um ritual de purificação, uma sensação de renovar-se de renascer,enfim...
Olhar a pia limpinha, é muito bom,é reconfortante.
Mas, voltemos ao assunto de domingo.
Ganhei de um cliente, uma duzia de ovos caipiras.
-"Nuxka", minha filha os colhia assim que a galinha cacarejava.São fresquíssimos ! A gente fica alerta quando a galinha anuncia a "botagem" pra chegar antes que o Graxaím devore os ovos rsrs...
Então, de posse dos ovos caipiras, optei por uma maionese de munheca. Aquela! Batida à mão , que você precisa tomar cuidado para não deixa-la desandar.
Caprichei !...A maionese ficou de um amarelo forte e um sabor muito marcante.
Juntei-lhe uma cenourinha básica, salsa picadinha e ficou um prato bem ao estilo daqueles servidos em casamentos poloneses.
Arroz branco, bem soltinho e mais alguns acompanhamentos dos quais não vou falar até porque não tem a menor importância.
Da padaria mais próxima, viajante aos ventos quase gelados deste primeiro dia de agosto,chegava o cheirinho irresistível dele; O frango! com sua farofa, lembrando de que domingo sem frango, maionese e Sílvio Santos, nem é domingo.
Assim, deu-se o almoço aqui no rancho.Claro ! Ao som de uma música polonesa (Cliquem no link abaixo e a ouçam) para relembrar Grudinska, Stafinska, Dorocinska, Yujos e Nêntias ,personagens que fizeram a alegria de nossos melhores dias em tempos passados.
Por um momento me vi na Brasilia azul de seu Jango - meu pai - a caminho da colonia São Lourenço para almoços no topo da colina na casa polonesa de seu Antonio e dona Rosa, compadres de meus pais.
E viva esta simplicidade que alimenta alma!
https://www.youtube.com/watch?v=kkUTdkGr72o
Domingos são inevitáveis convites à lembranças. Com a pandemia aconteceram algumas mudanças e por conta disso, sumiram os fiéis à caminho das igrejas próximas de onde moro.
Assim fiquei privado da visão de dona Vandinha com seus quase noventa anos e uma altivez de dar inveja, subindo a ladeira para celebrar a vida na missa de domingo.
Uma outra senhora, sempre de bíblia na mão, à caminho da sua igreja evangélica.
De ambas sempre recebi afetuosos cumprimentos em especial de dona Vandinha que sempre a mim se dirigia chamando-me de "Seu Juélll".
Estas são lembranças recentes,mas existem aquelas que fazem parte de nossos melhores momentos,por exemplo, almoços d e família, a chegada da avó,da tia ou da madrinha para o almoço de domingo, ou vice versa - a gente chegando para almoçar na casa deles.
Há cheiros que estão encalacrados aos domingos. Frango de padaria, por exemplo.
Já declarei algumas vezes em meus textos que adoro pilotar um fogãozinho.Não sei fazer pratos exuberantes,mas modéstia a parte, sou muito elogiado no básico que preparo.
Cozinhar faz bem ao espírito, inspira a criar novos temperos,dar um toque especial até ao arroz nosso de cada dia.
Depois lavar a louça...Aquela passagem do impuro para o limpo evoca um ritual de purificação, uma sensação de renovar-se de renascer,enfim...
Olhar a pia limpinha, é muito bom,é reconfortante.
Mas, voltemos ao assunto de domingo.
Ganhei de um cliente, uma duzia de ovos caipiras.
-"Nuxka", minha filha os colhia assim que a galinha cacarejava.São fresquíssimos ! A gente fica alerta quando a galinha anuncia a "botagem" pra chegar antes que o Graxaím devore os ovos rsrs...
Então, de posse dos ovos caipiras, optei por uma maionese de munheca. Aquela! Batida à mão , que você precisa tomar cuidado para não deixa-la desandar.
Caprichei !...A maionese ficou de um amarelo forte e um sabor muito marcante.
Juntei-lhe uma cenourinha básica, salsa picadinha e ficou um prato bem ao estilo daqueles servidos em casamentos poloneses.
Arroz branco, bem soltinho e mais alguns acompanhamentos dos quais não vou falar até porque não tem a menor importância.
Da padaria mais próxima, viajante aos ventos quase gelados deste primeiro dia de agosto,chegava o cheirinho irresistível dele; O frango! com sua farofa, lembrando de que domingo sem frango, maionese e Sílvio Santos, nem é domingo.
Assim, deu-se o almoço aqui no rancho.Claro ! Ao som de uma música polonesa (Cliquem no link abaixo e a ouçam) para relembrar Grudinska, Stafinska, Dorocinska, Yujos e Nêntias ,personagens que fizeram a alegria de nossos melhores dias em tempos passados.
Por um momento me vi na Brasilia azul de seu Jango - meu pai - a caminho da colonia São Lourenço para almoços no topo da colina na casa polonesa de seu Antonio e dona Rosa, compadres de meus pais.
E viva esta simplicidade que alimenta alma!
https://www.youtube.com/watch?v=kkUTdkGr72o