16 de Julho de 2021

Talvez só dizemos que somos amigos de alguém quando a este investimos os nossos propósitos e preciosidade duma amizade. Mas, como não há quem governe os olhos de ninguém, é normal quem eu considere melhor amigo ter feito também a sua busca e, in finis opus, ter pintado na sua memória uma outra versão de quem considere sua caixa de problemas( onde deposita as amargaduras e doçuras ).Então, num dia como esse, era natal, natal de quem era adulta e precisava (re) nascer em todos pontos, desde à alma até ao corpus. O convite me chegou pelas vias vibratórias;não se recusa festa, pois se pode conceder como sendo sinónimo de que amamos infelicidade, entretanto . Receio que o que sucedeu duas horinhas mais logo depois do almoço e o convite, foi-me muito delicado. Amigos têm como presente o estar presente, todavia, às vezes, é necessário que se dê alguma lembrança material para enfatizar um natal quase levado à brumas do desespero, cavado pela angústia do adoecer fisicamente. Não foi o que se empreendia, entretanto, encontrei-na de ponta de agulha, toda afiada em me julgar com seus televisores facial. Sorrisos não cabiam na felicidade, era preciso uma eternidade deste estado da alma para ressonar atmosfera dos sete dons do Espírito Santo. Um livro, uma fita de incentivo. Mas o maior dos maiores presentes não fora isso, foram os cruzamentos dos dentes exibidos junto com as mãos per entre a boca. Esse sim, a memória guarda no seu sumário escultura e na sua galeria de demonstração de saudades. Por conseguinte, pudesse ter visto aquele momento numa tela, todavia ,a vida que se me of'rece é justa e dá quando não muito precisámos, mas quando pensamos em nunca receber o tal momento.

Omuko Kayovo
Enviado por Omuko Kayovo em 01/08/2021
Código do texto: T7311972
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