Sobre Deus, borboletas azuis e profissões

Sorte é uma palavra que inventaram para não admitir que existe um ser Onipotente, Onipresente, Onisciente e Maravilhoso, que pode ser invisível aos olhos mas pode-se sentir a sua presença.

Essa percepção diferenciada que conseguimos ter, principalmente em tempos difíceis e, que não nos deixa fracassar eu chamo de Deus, Jesus Cristo.. Porque errar, todos nós erramos. Caímos e levantamos e, que bom que conseguimos levantar com a ajuda de Dele! Já o fracassar é como desistir. É uma palavra forte para dizer e, tenho certeza que as dificuldades como aprendizagem, nos dá força para que consigamos adquirir experiência de vida para sabermos como nos portar em determinadas situações.

Eu sempre senti a mão desse Deus presente em minha vida desde criança, nos meus medos, nas minhas febres, nos meus desesperos... Jesus Cristo conduziu o barquinho pra mim, e me mostrou o melhor caminho, caminho este, que não tem somente uma via, ele também envolve extrema dificuldade de escolha, mas é o caminho mais excelente, ainda que dolorido muitas vezes.

Sabe quando as coisas acontecem assim, de repente? Quando você menos está esperando? Pois é, comigo há alguns anos atrás, a vida deu uma volta em ângulo de 90 graus.

Deus mexeu demais em minha vida em pouco tempo. E isso não têm nada a ver com dinheiro. Continuo batalhando muito pra sobreviver. Eu digo mudança interior que acaba mudando o exterior, a maneira como agimos conosco, pensamos e também como agimos com os outros. Sempre acreditei que quando Deus nos fecha uma porta, Ele também nos abre duas janelas com novas oportunidades, mas houve momentos que desanimei, confesso. A demora em realizar as coisas, a frustração e o medo de fracassar eram constantes em tudo que eu fazia. Até quando caia um copo no chão e quebrava era motivo pra eu me sentir "a azarada".

Almejava ser escritora custe o custasse, possuía um livro pronto, mas só na minha cabeça. Escrever que era bom, nada.

Não tinha ânimo para ir pra frente do computador, a não ser pra entrar no Facebook e curtir as fotos dos amigos.

Eu estava me devendo essa promessa. A promessa que fiz quando ainda era uma adolescente, de que seria uma escritora, mas novamente eu própria me sabotava com pensamentos que não combinavam comigo, mas insistiam em me atrapalhar: "Você já sonhou ser tanta coisa... professora, astronauta, cientista, arqueóloga, detetive, veterinária, atriz, paquita...

Não! Ser escritora martelava minha mente 24 horas por dia, e eu tinha sim guardados em gavetas muitos escritos a mão livre. Não sei quem iria ler aquela droga toda um dia, mas que eu tentaria, eu tentaria.

Também considerei importante prestar atenção aos sinais que a vida nos trás e, o que me impulsionou escrever o primeiro livro foi um dia lindo e ensolarado que passei em Ibiúna, no interior de São Paulo. Eu estava sozinha e tão distraída que quase não percebi a coisa mais linda e inesquecível que acontecia a minha frente. No grosso tronco da árvore, saíram inúmeras borboletas azuis de um pequeno buraco. Não lembro quantas eram, mas bastante. Eram de um azul muito intenso, brilhante e eu fiquei hipnotizada ao ver aquele bando.

Me deu força, vigor...entendi aquilo como um sinal de vida e transformação. Que era hora de sair do casulo, "me mostrar" e foi o que fiz. Após isso decidi seguir o caminho que Deus havia deixado a minha disposição, o caminho que eu acreditava, sem medo de arriscar, sem medo de viver e tudo isso com a alegria de sempre, sem perder as esperanças. Assumir que sou uma escritora iniciante não é fácil, Pra disfarçar eu dizia que era um "hobby". Mas agora não! Eu assumo a profissão, assim como o pedreiro assume que é pedreiro ou o pizzaiolo assume que é pizzaiolo. Precisamos amar nossas profissões, ou trabalharemos infelizes! Ou não iremos adiante.

Me apeguei numa frase que li não sei onde que diz: "Se Deus nos permite sonhar, Ele nos permite realizar."

Andreia Caires
Enviado por Andreia Caires em 31/07/2021
Reeditado em 31/07/2021
Código do texto: T7311459
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