Conflitos

As relações informais são saudáveis, e o conflito, em parte, também. Refiro-me ao conflito funcional construtivo, aquele que impulsiona a criatividade através da diversidade de opiniões entre o grupo ou equipe. São considerados saudáveis à medida que os resultados são alinhados de acordo com o objetivo da coletividade – as metas atingidas são exemplos – onde todos ganham, inclusive a instituição. A enxaqueca do conflito dar-se quando ele é disfuncional, patológico e prejudicial à saúde dos envolvidos.

O conflito não saudável está estritamente relacionado à personalidade individual, e no poder de influência do agente causador. Quando o indivíduo é aguerrido de atenção, ele fará de tudo para se destacar. Em contrapartida usa a liderança negativa para apontar as falhas e os defeitos do outro – boatos e fofocas – como forma de reserva de mercado.

Uma situação insustentável, ainda mais se for amparado pela posição que ocupa. Não saber separar o profissional do pessoal é um problema. Muitas instituições contratam o indivíduo por competência técnica e distratam pelo comportamento. Pode ser um PHD nas funções, entretanto, se não souber trabalhar à comunicação interpessoal, não se encaixa no grupo.

É mais produtivo um ambiente sem estrelismo ou sem a síndrome de Narciso. De qualquer forma, tudo é relativo. Tudo depende muito da forma de lidar com a situação apresentada. Nem sempre suportar é a lei da superação, porque acaba contaminando em dose homeopática até a falência total do entendimento lógico. Não querer resolver ou fingir demência diante dos fatos só irá retardar uma decisão.

E nem pense em usar os traumas pessoais para se defender das reações automáticas. Todos passam por algum nível de dificuldade. A condição de vítima e abusador é uma linha tênue. Diante disso tudo, não é normal aceitar uma verdade como imperativa ou absoluta. Ninguém é parâmetro de verdade e valor, pois somos seres humanos e vivemos em eterno aprendizado. Nossas ações revelam quem somos, e o discurso é a reprodução do que idealizamos ser.