_______ FÉ EM DEUS E PÉ NO FREIO!
Morar em rua com ladeira nunca foi fácil pra ninguém. Pra descer tem que ser freando, senão vai é rolando. Pra subir, tem que ser tomando fôlego, senão vai é morrendo mesmo. Mas difícil, dificílimo foi o que, certa vez, aconteceu comigo e minha irmã em Belo Horizonte. Saímos nós do parque Guanabara para irmos a certa praça no bairro Gameleira. Minha irmã ao volante sabia o caminho? Mas é nunca! Ela deu a ordem ao GPS e lá fomos nós de rotunda em rotunda procurar a tal praça. De repente, numa súbita conversão à direita, demos de cara com o paredão: aquilo não era uma rua, tanto que nela só havia nós duas dentro de um carro que, se pudesse, certamente diria: Dê ré pelo amor de Deus! Mas como voltar atrás se atrás era uma avenida, onde carros mais voavam que rodavam de um lado pro outro?
Fé em Deus e pé no freio! Aquilo não era hora pra ficar pensando na última revisão do carro. Melhor distrair o pensamento com coisas do tipo: Quem será o gênio que projetou essa ladeira? Sim, porque ele realmente havia conseguido dividir a cidade de BH em duas: a de cima e a de baixo — com a diferença de que ali não havia um Elevador Lacerda. Muito bem, com as graças divinas chegamos à avenida lá embaixo. No peito, a sensação de que nem nos piores pesadelos eu havia experimentado algo parecido — sem contar que nos pesadelos a gente sempre tem a chance de acordar. Mas como nessa vida tudo passa, aquilo também passou. Hoje escrevendo sobre, prefiro evocar o Simonal: Descendo a rua da ladeira/ Só quem viu, que pode contar/ Cheirando a flor de laranjeira/ Sá Marina vem pra dançar.../ Não é muito mais leve?
Tema da Semana: Ladeira abaixo.
Fé em Deus e pé no freio! Aquilo não era hora pra ficar pensando na última revisão do carro. Melhor distrair o pensamento com coisas do tipo: Quem será o gênio que projetou essa ladeira? Sim, porque ele realmente havia conseguido dividir a cidade de BH em duas: a de cima e a de baixo — com a diferença de que ali não havia um Elevador Lacerda. Muito bem, com as graças divinas chegamos à avenida lá embaixo. No peito, a sensação de que nem nos piores pesadelos eu havia experimentado algo parecido — sem contar que nos pesadelos a gente sempre tem a chance de acordar. Mas como nessa vida tudo passa, aquilo também passou. Hoje escrevendo sobre, prefiro evocar o Simonal: Descendo a rua da ladeira/ Só quem viu, que pode contar/ Cheirando a flor de laranjeira/ Sá Marina vem pra dançar.../ Não é muito mais leve?
Tema da Semana: Ladeira abaixo.