A “PARTIDA” DE ALGUÉM, SEMPRE CAUSA SURPRESA... 09h29min.

Esta inesperada e longa pandemia mexeu com a vida de todo mundo, desestruturando a economia dos países, e interferindo nos hábitos das pessoas, cuja as práticas eram comuns, e fortaleciam o sentimento da religiosidade...

Foi, também o que aconteceu conosco, tínhamos um grupo de estudos mediúnicos, que se reunião a longo tempo, - as quartas feiras, as 20horas – mas em face da presente situação, isto não acontece desde março de 2020.

Apenas algumas, mensagens do grupo eram trocadas pelo WhatsApp, no caso dele, pouco participava. Mas em 02 de fevereiro, dizia: Saul, está bem, vamos aguardar.

Nos primeiros dias de julho, um de seus filhos, comunicou ao nosso grupo, que seu pai, não estava bem, pois estava internado no hospital, com sérios problemas cardiovasculares e estava na UTI. Dias depois, vinha a notícia que seu pai havia falecido, na última quinta-feira, e que seu sepultamento seria no Cemitério Água Verde, as cinco horas da tarde de sexta estava com 77 anos...

Como um filme as inevitáveis lembranças foram chegando em nossa mente, pois foram em torno de 40 anos de convivência, ele fora trazido a Casa Espírita pelo saudoso amigo Airton, que durante algum tempo fora seu vizinho, já na época, era portador de mediunidade ostensiva, mas tinha desconhecimento deste “mecanismo” ...

Naquele local não residiu muito tempo, mudou-se, porém passou frequentar assiduamente o nosso grupo mediúnico,

Aos poucos vamos nos inteirando de sua vida, era casado, tinha dois filhos e atuava no comercio. Perto de 15 anos, trabalhou numa empresa de grande porte, pela sua dedicação e capacidade, chegou ao posto de gerência, porém, em certo momento falou ao seu patrão, que gostaria de ter sua própria empresa, muito embora reconhecendo os desafios que iria enfrentar, o dono da empresa, até o incentivou para enfrentar este novo desafio...

O ramo que atuava era de pisos, divisórias e outros seguimento correlatos...

O começo foi difícil, mas com o decorrer de seu trabalho, as portas foram se abrindo, e a pequena empresa prosperava, até com relativo destaque, pois cobrava preços justos, e realmente entregava a obra no tempo previsto.

Um dos filhos, foi trabalhar nos EUA, já tinha o emprego assegurado, no ramo de computação, o pai tempos depois foi visita-lo durante alguns dias, foi sua primeira e única viagem internacional...

Tempos depois o filho voltou, propenso a trabalhar com o pai, pois a empresa prosperava a olhos vistos, e com mais um colaborar de confiança, seria de grande valia.

Mas, na vida nem tudo são “flores”, pois há também “espinhos”. Uma grande obra aparecera, numa faculdade de destaque em nossa cidade, vencera concorrência com preços justo. Em função do grande material a ser comprado, com mão de obra de grande porte, a empresa não tinha como subsidiar tudo, foi combinado que seria emitidos títulos que seriam descontados em banco, pois ultrapassa os recursos da empresa.

Isto foi feito, e, num esforço fora do comum, a obra foi entregue no tempo combinado, os primeiros títulos, foram pagos, mas a grade maioria não. Tudo foi feito para um acerto amigável, mas nada foi conseguido. Os títulos descontados pela empresa, foram debitados em sua conta, acrescido dos respectivos juros, bem além do capital de giro da empresa. Muitos teriam desistido, ele, porém, não. Fez um acerto com o banco, e com os fornecedores contando o inesperado ocorrido...

Ao longo do tempo tudo foi superado com muito trabalho, mas, realmente isto abalou sua empresa, das “flores” para os “espinhos”, tudo nos contava, com paciência e resignação, e com certeza os postulados da Doutrina Espírita foram de grande valia. Finalizando, naqueles tempos difíceis, nos contara que a empresa estava na eminência de perder o telefone, foi quando recorremos ao saudoso amigo, - professor Reinaldo – que prontamente fez o valor do cheque, para quitar os débitos existentes... 10h30min. Curitiba, 26 de julho de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul

*Que Deus abençoe Izael, onde estiver, pois com certeza deve ser um bom lugar, pela sua paciência com os infortúnios da vida, que soube superar com resignação e paciência, e, as quartas feiras lá estava ele, era muito raro faltar, pois colocava os interesses da Doutrina Espírita, que abraçara em primeiro lugar...

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 26/07/2021
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