BLAGUES DE POLÍTICOS

O fato que agora narro foi noticiado em um programa de jornalismo de uma Rádio Paulista que falou sobre a demissão do Walter Rego por não aceitar determinações politicas para o o trabalho do censo 1980, mas o que causou maior indignação foi a exoneração de uma professora primária de uma escola pública.

A clara pedagoga, no afã de ensinar corretamente a norma culta da nossa língua portuguesa, resolveu citar um exemplo para a sala de aula de uma fala do Atual Prefeito da cidade por ocasião da inauguração do aeroporto da cidade. Desatenta, a professora jogou no olvidamento a presença da filha do nobre chefe do executivo municipal, que ao contar ao pai o exemplo dado pela professora, de imediato providenciou a exoneração.

À distância não fiquei sabendo se houve reversão do ato executivo e vocês devem estar perguntando: O que o prefeito falou para a professora usar como exemplo que culminou com a exoneração? Respondo! Numa das frases do prefeito, ele disse que a cidade já tinha o transporte terrestre, marestre de agora com o transporte arestre, o progresso estaria chegando no município.

Lembram do Plano Cruzado? Pois é, aquele em que o José Sarney nomeou as donas de casa como suas fiscais de abusos de preços. Com o sucesso inicial do Plano, narcissita como todo político, o Sarney ao pronunciar o seu discurso em rede nacional disse o seguinte:

"Quando assumimos o poder estávamos à frente do abismo! Agora já demos um passo à frente!" Se estávamos à beira do abismo e demos um passo à frente, caímos no abismo! Ou não? Não seria: recuamos um passo. Poder-se-ia até utilizarmos o pleonasmo vicioso: Recuamos um passo atrás.

Mas o José Sarney não estava de todo, errado! Meses depois mergulhamos em uma hiperinflação que nem o Plano Cruzado 2 e nem o Plano Bresser deram jeito na inflação galopante .

A célebre frase do Jânio Quadros" Fi -lo porque qui-lo! Está totalmente fora da norma culta da língua, mas não vamos entrar em detalhes agora. O que é relevante foi um fato ocorrido em um hotel do nordeste, quando o Jânio Quadros solicitou a sua cachacinha e o garçom trouxe o copinho em uma bandeja.

Vendo que o local estava cheio de jornalistas de todo o que é tipo de veículo de comunicação, o Jânio respirou fundo, olhou a bandeja, olhou pro garçom e disse: Eu peço a essa hora um copo de leite para refazer a minha força e vocês me manda um copo de pinga!

O terceiro Presidente da Ditadura (não incluo a junta que governou o país no afastamento do Costa e Silva) Emilio Garrastazu Médici, ao pronunciar o seu discurso de posse proferiu a seguinte frase: Quando temos um dever a cumprir, não devemos fugi-lo! Hoje eu entendo a real razão da mestra Arturzita em dizer que esta frase filosoficamente e gramaticalmente estava errada. Quando temos um dever nós devemos cumpri-lo e não fazer ele fugir.

O texto a seguir é fictício adaptado de um outro texto que narra um fato verdadeiro em vários estilos, cuja peça completa foi apresentada no Teatro Sesc Santana pelos alunos da Escola Professora Veridiana, texto produzido por Jota Kameral

"No almoço, alguém resolveu falar ao Presidente Lula, que pela manhã de hoje ,um corpo de um homem havia sido localizado nas escadarias do Gazetão. O Presidente exigiu que mandassem um correio eletrônico para a família enlutada. Como lhe informaram que a vítima era desconhecida, o Presidente, com as suas metáforas humorísticas completou : Este sai do PT para ingressar no PC. Más como Presidente! -Ele sai do Partido da terra para ingressar no Partido do céu .Sorriu.

A minha Santa Terrinha também protagonizou coisas engraçadas nas suas diversas campanhas políticas. Certa vez, em um comício nos Anis, na presença do candidato à prefeitura da cidade e de um deputado com o sobrenome Passos, um candidato a vereador proferiu a seguinte frase: Trabáio que trabáio, brequeito que brequeito e essa buceta não progrede de jeito nenhum......

Em um outro comício, neste caso o candidato era à prefeitura, subiu no palco chamando um desafeto político de salafrário, de crápula....E O Fernando Collor de Mello quando disse que tem que ter aquilo roxo, frase essa também repetida por Orestes Quércia em uma entrevista de TV. se referindo ao então candidato Fleury Filho ao Governo de São Paulo.

A mais hilariante blague/gafe aconteceu em Santa Maria da Vitória, em um campanha eleitoral, um certo amigo nosso, candidato ao cargo de vereador, cujo nome fictício é Orimbó, ao subir no palco, ao lado de um candidato cujo nome fictício é Seraos, querendo homenagear um grande amigo nosso que foi prefeito cujo nome fictício é Gianfrancesco e que havia falecido ainda nos anos 1980.

Teve um presidente de câmara em uma cidade do interior de Pernambuco, ao abrir a reunião do dia, teve que informar a morte de um vereador membro da casa: O nosso colega que conversou bastante comigo ontem à noite, foi dormir e quando acordou nesta manhã estava morto. Estou tentando recuperar o áudio para postagem

Orimbo ao subir no palco pronunciou a seguinte frase: Quero aqui fazer uma homenagem postas ao Gianfrancesco e ao Seraos. Seraos de imediato levantou o braço dizendo eu estou aqui vivo, enquanto a plateia gritava, póstumas, póstumas, póstumas, póstumas.......