VIDA: DE ERROS E ACERTOS. FAZ PARTE!
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quinta-feira, 22 de julho de 2021
VIDA: DE ERROS E ACERTOS. FAZ PARTE!
Quem de nós, os alcançados da terceira idade, que nestes tempos modernos, tão bafejados pela tal modernidade, também alvejados por alguma doença, sem contar a surpresa miserável que atormenta a todos pela presença do coronavírus, provocando uma pandemia que obrigou o mundo quase inteiro a recolher-se através de quarentena, o que tem provocado certos desconfortos à maioria das populações no mundo.
O temor de uma contaminação por parte desse vírus, que possui uma letalidade assombrosa, causa incômodo em quase todos. Dos mais velhos aos mais novos, ninguém quer ser surpreendido pela morte. E isso é a coisa mais natural do mundo, sabendo-se que uns poucos buscam dar fim à sua vida de forma precoce por motivos vários.
Com isso, acaba surgindo um comportamento específico, se não em todos, mas à maioria. São as reflexões sobre a vida. A já vivida, a que se está vivendo, bem como a que se viverá ainda. E que seja por um tempo indefinido. É o desejo de quase todo mundo nesse aspecto.
E nas reflexões, feitas pelo pessoal de mais idade, analisa-se o que foi vivido até agora, bem como as ações perpetradas nessa mesma vida já vivida. Isto é uma auto análise. E que vem rebocada ou reboca uma auto crítica, para descobrir as pendências, os acertos e os erros do que já se viveu.
É bem possível que só a uns poucos foi concedida uma vida daquilo que classificamos como perfeitas. Mas a maioria não a deve ter tido. E os motivos e explicações deverão ser muitos. Uns justificáveis e outros não. Na vida acertamos e erramos. Parece ser a regra transcendental.
O difícil para aqueles já alcançados de muita idade, pode ser que essas análises venham a trazer-lhes mais dores do que alegria. Ao primeiro ponto, com a vida chegando mais para o final dela, é bem provável que não lhes concederá correções naquilo que não foi acertado.
Então a primeira reação é a tristeza. Também a frustração pelo que deixou de realizar ou o fez de forma e/ou modo equivocado. E não haverá mais remédio para tal. Daí só restar-lhes uma coisa: o consolo. E por que não dizer, também, a submissão. É até para lembrar de um dito popular que diz, para casos como esses: o que não tem remédio, remediado está.
E falando em consolo, é de se apegar nisso mesmo. Porque vivamos cinquenta anos, um século ou mais, provavelmente continuaremos acertando e errando, bem como cometendo falhas e equívocos, e tudo se transformará num círculo vicioso. Infindável e interminável.
Então é aceitar o resultado. Neste caso o sofrimento deve ficar menor. Mas as alegrias, estas ficarão maiores. Porque o importante foi que vivemos uma vida. Uma existência. Ufa!