Pesquisa Eleitoral, confiável ou não?
No ano de 1990, Renan Calheiros disputava o governo de Alagoas com seu adversário Geraldo Bulhões. As pesquisas, até mesmo na boca de urnas, no dia da eleição, davam como vitorioso Renan Calheiros. A TV Globo, numa de suas edições, ao fechamento das urnas, anunciou: "Renan Calheiros é o novo governador de Alagoas." Resultado: deu Geraldo Bulhões.
Em 2006, Teotônio Vilela Filho disputa o governo com João Lyra, ambos já figuras políticas conhecidas em Alagoas e no Brasil, por já terem exercidos cargos na Câmara Federal. Até às vésperas das eleições, as pesquisas apontavam a vitória de João Lyra, já no primeiro turno.
Após as apurações, o resultado deu o contrário. Teotônio Vilela eleito no primeiro turno, sem ninguém saborear o gostinho do segundo turno. Diante de resultados tão adversos, muita gente chega a duvidar de certas pesquisas, mesmo muitas delas dizendo que a probabilidade de acerto é mais de 90 por cento.
Ao menos nesses dois casos, o resultado foi o inverso da pesquisa. No primeiro caso, ainda foi com o voto em cédula. No segundo, já com a urna eletrônica. Para não alimentar suspeita em nenhum dos sistemas, prefiro acreditar que a falha foi na pesquisa e não no método de apurações.