Truco!

"Assim, eu não brinco mais!" disse a criança mimada e birrenta ao ver suas vontades contrariadas.
Foi mais ou menos o que fez Bolsonaro no início desta semana, diante do quase inevitável fracasso da proposta de implantação do voto impresso nas eleições do ano que vem. Alguns até acreditaram e voltaram a sorrir diante da perspectiva, supondo tratar-se de saída honrosa a uma provável acachapante derrota para Lula, apontada por várias pesquisas eleitorais.
Truco! Fosse mesmo um fedelho pirracento, ele continuaria a fala incitando seus poucos amigos mais fieis a atacarem os que tentassem impedi-lo e tentaria levar embora a bola que não é sua, ameaçando voltar depois com um balde de cal para pintura de meio-fio emprestado do tio militar e estragar todo o campinho.
Era mais ou menos isso o que estava nas entrelinhas do muxoxo presidencial, quando repetiu que entregará a faixa a qualquer um que ganhe de forma limpa, mas que conta com seus apoiadores para não ser obrigado a deixar o Planalto em caso de fraude, insistindo nesta tese que, mesmo instado pelo TSE, é incapaz de provar. E segue o jogo.
Outro assunto abordado pelo signatário do país foi o fundão eleitoral, aprovado pela base governista antes do recesso legislativo. Deu umas desculpas furadas e acusou o deputado Marcelo Ramos, de ter atropelado a votação da LDO, sendo, portanto, o responsável pela aprovação do valor absurdo que desagradou até mesmo a base bolsonarista. O tiro pode sair pela culatra, já que o deputado do PL é o atual vice-presidente da Câmara e, irritado, ameaça colocar em andamento algum dos mais de 120 processos de impeachment que se encontram na gaveta de Arthur Lira em uma das ocasiões em que substituí-lo. Vejamos.
Bolsonaro garante que vetará o fundão, que não precisa de tanto dinheiro. Se considerarmos as suspeitas que recaem sobre sua modesta campanha em 2018, eu concordo, já que pode ter sido eleito com um mais do que discreto empurrãozinho de empresário mui amigos.
Era mais ou menos isso o que estava nas entrelinhas do muxoxo presidencial, quando repetiu que entregará a faixa a qualquer um que ganhe de forma limpa, mas que conta com seus apoiadores para não ser obrigado a deixar o Planalto em caso de fraude, insistindo nesta tese que, mesmo instado pelo TSE, é incapaz de provar. E segue o jogo.
Outro assunto abordado pelo signatário do país foi o fundão eleitoral, aprovado pela base governista antes do recesso legislativo. Deu umas desculpas furadas e acusou o deputado Marcelo Ramos, de ter atropelado a votação da LDO, sendo, portanto, o responsável pela aprovação do valor absurdo que desagradou até mesmo a base bolsonarista. O tiro pode sair pela culatra, já que o deputado do PL é o atual vice-presidente da Câmara e, irritado, ameaça colocar em andamento algum dos mais de 120 processos de impeachment que se encontram na gaveta de Arthur Lira em uma das ocasiões em que substituí-lo. Vejamos.
Bolsonaro garante que vetará o fundão, que não precisa de tanto dinheiro. Se considerarmos as suspeitas que recaem sobre sua modesta campanha em 2018, eu concordo, já que pode ter sido eleito com um mais do que discreto empurrãozinho de empresários mui amigos.

 
Texto publicado na minha coluna semanal do jornal Alô Brasília.
Veja no jornal acessando:
http://alo.com.br/impresso/qui-22-07-2021/
Estou na página 8, Vida & Lazer
Também pode ser lido na minha coluna online
https://alo.com.br/truco/