Há um reciclar a cada minuto -  um reviver experiências já vividas. Como se o mundo tivesse dado uma volta ao passado. A cada dia,  uma nova aventura. O experimentar de uma  comida ou fruta diferente,  rir por nada ou chorar sem motivo.
O dançar em frente da televisão num programa da Xuxa, a leitura dinâmica dos livrinhos de historias infantis. O comer a maçã, e cair mortinha até  que o Príncipe chegasse com seu beijo mágico.  As noites de febre, a vigília constante. O descobrir do mundo de uma forma tão rápida que há de se querer pará-lo com as mãos.
Não! Não assim tão depressa, por favor!  Não cresça tão rápido! Espera! Quero viver mais esse seu (meu) mundo - deixa-me sentir tudo isso, que emoção! 

O esvoaçar da borboleta após libertar-se do casulo. O amparo com as mãos – nos vôos rasantes. O beijar das flores, o molhar-se na chuva das descobertas  e nas preces silenciosas pela eterna proteção. Sentir a dor, dor viva, exposta, e como expectadora vivaz, anda  sem pernas e  sem sapatos, pisa  nos pedregulhos , num sofrimento épico! 
Mãe!  A experiencia única de poder duplicar seu coração, coloca-lo em outro corpo,  e andar pelo mundo experimentando emoções.
Assim meio fada, meio bruxa...
  


Tema: Amor de Mãe
Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 20/07/2021
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