NENHUM HEROÍSMO MAIOR; MORRER POR AMOR.

Nenhum heroísmo maior do que morrer por amor, amor de amar incondicionalmente, sem trocas.

Jesus foi assim. Por quê? Nessa razão sem aparente razão, foi devolvido por Herodes a Pôncio Pilatos, no mais significativo conflito de competência negativo dos tempos, jurisdição, sem apelação à Roma, para definir a competência de quem julgar, e que a história não registra.

Ninguém apelou, nem seus discípulos, nem os que deveriam julgá-lo, quando é uma imposição da tradição, um dos eventuais julgados ou juízes que se dão por incompetentes, suscitarem o conflito negativo de jurisdição. Mas o silêncio por quê?

Ninguém poderia julgar nessse caso - ÚNICO - uma questão inserida em julgamento maior, o julgamento que se faria na posteridade de Quem, embora Deus, na Trindade, Filho de Deus, o Deus em corpo, deveria morrer por amor. Estava escrito. E Ele, o Ungido, Rei, deveria dar testemunho aos tempos, ao tempo que a tudo assiste junto da criação, tempo que se esvai em sua própria voragem, mas não cessa, da força de amar.

Ninguém, nada, poderia alterar a roda, o giro do que a história deveria testemunhar.

Quantos morreram por amor às suas causas e convicções, e não têm essa expressão, a que pende na Cruz pelos tempos do Gólgota?

Muitos morreram por arraigadas defesas de posições e crenças, e muitos cristãos, em fogueiras, apedrejados em lapidações, estraçalhados em seus membros e devorados por feras, mas somente são lembrados. Cristo é lembrado em todas as horas, minutos e segundos. Por que só a Cruz está em todos os lugares, carregada junto ao coração, e não algum outro símbolo daqueles que por amar também morreram?

Para e pelo túmulo vazio de Jesus, ficar claro que somente uma outra vida de paz, nela, poderá realizar-se a verdadeira vida, ressuscitar, repondo-se pela ressurreição o que aqui pela escolha foi praticado do que foi apontado e vivido, de como devemos ser, embora insistentemente recusado.

Ser amor para imersão definitiva na paz eterna, a calma da eternidade, onde não há mais sofrimento, doença e morte material. Essa a grandiosa mensagem da Cruz, ninguém pode matar o espírito que se foi, a alma enquanto vivemos em corpo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/07/2021
Reeditado em 18/07/2021
Código do texto: T7301338
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