QUANTO NOS CUSTA O PRINCIPAL?

Nessa semana me chegou um " causo" que me instigou o pensamento sobre o nosso todo.

O fato ocorreu justamente numa escola, equipamentos sociais até outro dia tidos como essenciais entre nós, oportunidade em que um aluno do ensino FUNDAMENTAL, de no máximo nove anos de idade, questionou um funcionário da escola quanto ao seu celular.

" Ei, esse seu iPhone já saiu de linha, está velho!".

A pessoa, que o tinha ganho de alguém que o trocou por um outro aparelho, ficou desconsertada diante duma observação tão minuciosa e emblemática.

Pobre celular, rejeitado mais uma vez!

Sim...o velho culturalmente sai de linha por aqui.

Mas o foco dessa crônica vai muito além do fora de moda.

Afinal, o que as próximas gerações julgam importante para a vida?

Um celular de última geração em tempo integral?

Parece que sim.

Pelas ruas de Sampa é impressionante o nível de ociosidade de jovens teclando nas calçadas em horários que ou poderiam estar estudando ou trabalhando.

Parece que nada é mais importante do que se estar conectado à tecnologia de ponta para se ter acesso à " overdose" do nada.

Existe inclusive uma criatividade impressionante para o nada. " Multitelar", aliás!

A pergunta: Quanto nos custará ao futuro o turbinado déficit do principal em prol do besteirol?

Aliás, já começamos a pagar a conta. Podem observar.

Custa bem caro financiar a falta de rumo...muito mais oneroso do que um celular de ponta e sua fatura impagável: o espaço vazio de perspectiva de projeto de vida.

Fica a reflexão.