O AMOR CONHECE.

Amar é ser você mesmo. Manifestar no mundo exterior,pulsante e sem tergiversações, seus sentimentos. A franqueza não permite sombras, e não se esconde de olhos avisados e dos cérebros atilados.

Esse nuclear sentimento que tudo envolve, amar, é a base de tudo. Alimenta, incendeia e ilumina o conhecimento nas planícies e nas montanhas. Amar faz conhecer, conhecer o amor, amar ao menos um pouco do tudo que nada sabemos, mas saber esse pouco amando o amor, o amor faz descerrar véus pouco conhecidos. Ama a si mesmo por amar o próximo, e por isso saber quem é o próximo, sem roupagens, desnudo como se apresenta, mesmo fugidío de suas realidades, mostrando seus desvãos, hiatos, vazios, sombras e luz.

Nada se esconde de quem ama, e se ama a humildade, perdoa quem do certo escolhe o errado entre todas as condutas praticadas que a personalidade indica na caminhada. E não se escondem da evidência, da realidade, os que militam na hipocrisa e na mitomania permanente mesmo desmentidos pela temporalidade e decurso dos fatos . Mentira, bravatas e ostentação têm pernas curtas. Aparecem com facilidade.

Quem ama a vida e por ela passa envolvendo e envolvido aprende a aprender quem está ao seu lado ou distante. E a isso tudo conhece por inteiro. Água misturada ao vinho retira o sabor de ambos, mas sobrevivem isolados em suas características se apartados; cumprem seus papéis. Da mesma forma, o bem e o mal, não são nunca próximos, por isso não há interlocução de seres que não são afins tendo tais paralelos como referência. Quem ama sabe distinguir, sempre, o que se desenha na sua frente, fazendo-o por semiologia. É um chamã das visibiidades ensombradas, poucos têm esse priivilégio. Desvenda-as incontinenti, com rapidez.

Não existimos sozinhos. Fazemos a parte de um todo. E todos carregam o bem e o mal. O Jardim das Escolhas, que precisa ser trabalhado, desde o Éden, e por isso define a personalidade de cada um, se desenha muito mais com clareza para aquele que ouve a sonante vibração das cordas da lira, e conhece a sinfonia da vida. Dele nada se aborta da audição que da plateia ouve. É o bastante para o plural que se mostra no singular.

A dualidade está clara para a leitura da alma em gestos, palavras, hábitos, condutas e manifestações.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/07/2021
Reeditado em 13/07/2021
Código do texto: T7298644
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