Conversa de Véio Chato
SEMPRE afirmei que sou um cara meio tosco (meio?) e arengueiro. Sou emocional,exagerado e, não nego, radical. Mas consigo conviver com as pessoas que pensam diferente de mim sem nunca ir às últimas consequências. Tanto isso é verdade que me relaciono com vários direitistas convictos e um monte de conservadores. Ora, se eles me respeitam, respeito-os. Tudo bem, evitamos, dentro do possível,o item política, mas às vezes discutimos esse item e até de forma veemente. Mas dentro da democracia, sem apear para xingamentos. Sem recorrer à raiva, até cito de vez em quando o verso do Chico Buarque: "Filha do medo, a raiva é mãe da covardia";
Vejam bem, acho que se relacionar apenas com quem pensa igual a gente, vira tédio. É preciso haver debate,sem isso o papo vira samba de uma nota só.
Na verdade, sou contra guetos, igrejinhas, patotas onde se pensa do mesmo jeito. Parecem robôs. Em tudo na vida tem que haver oposição.Detalhe: até no amor precisa haver discussão,umas briguinhas, uns arranca rabos, são essas diferenças que esquentam o amor. Sem isso não há aquelas gostosas reconciliações.
No mais, vou parando por aqui porque essa conversa de véio chato táenchendo o saco. Inté.