Nem o covid-19 tirou-lhe a coroa
Para encurtar esse relato, serei direto: nenhuma das amigas de Jurema sabiam ao certo sua idade. Variava conforme a ocasião. Já teve 58, 59... E jurava! Mas, pelos 40 anos da filha mais velha, embora essa matemática tenha pouca relevância (poderia ter engravidado aos 15 anos), todas apostavam que Jurema passava dos 60.
E eis que aparece o covid-19. A ciência, graças a Deus, deu resposta com a tão esperada vacina. Era a esperança das amigas descobrirem a verdade ou, “quase”. Iria chegar o dia de tal faixa etária receber a dose. Era só ficarem atentas. De plantão.
Para isso criaram o MIM - Movimento Investigativo de Mulheres. E formou-se o grupo no WhatsApp. - Descobriu alguma coisa? - Conta pra MIM! A vizinha mais próxima sugeriu o MIJu – Mulheres Investigando Jurema. Mas a sigla ficou com som pejorativo e foi derrotada por 21 a 1.
As primeiras doses foram aplicadas em quem tinha mais de 80 anos. Depois, ainda fora de cogitações, para os de 78 anos, 75 anos. Após algumas semanas para 66, 64, 62. E assim regressivamente. As “sirenes” atentas; porém, sem disparar o alarme.
Vamos pôr um ponto final?
As doses já chegaram para quem têm mais de 45 anos e ninguém viu ou soube se e quando Jurema foi vacinada.
Agora ela jura duas coisas. Que tem 50 e ... (depende da ocasião, como já foi citado) e que já recebeu as duas doses da vacina.
OK. Você venceu, Jurema. O MIM falhou. A coroa continua brilhando como se fosse nova!