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"PODE A CASA CAIR"
Tem coisas que são interessantes e até engraçadas no modo como acontecem.
Num dos últimos shows que fomos ver aqui na cidade, nessas festas de rodeio, o cantor daquela noite era o Daniel, não sou de muitas restrições, então já vi muitos artistas diferentes aqui. O Daniel não está entre as minhas preferências, mas gosto sim.
Depois de suportar uma friagem medonha, comum nas noites do mês de julho, esperando um também comum, grande atraso para iniciar, o show finalmente começou.
A arquibancada estava apinhada de gente e eu não sabia se me divertia vendo o artista cantar ou vendo as inexplicáveis reações das fãs que estavam na nossa frente.
Deu um intervalinho e surgiram lá na plateia os vendedores de artigos do artista. Cds., fotos etc. Achei muito engraçado um casal na nossa frente, que o marido foi coagido, parecia coação sim, a comprar uma foto do Daniel, logo imaginei a casa do casal e no porta-retratos da sala ou do quarto a tal foto.
Podem me chamar do que quiser, eu compraria um cd., pois são músicas e ser fã do artista não vejo nada demais, também tenho as minhas preferências, mas a foto eu não compraria mesmo, acho que já é insanidade.
Essa situação ficou gravada em minha memória e foi reavivada quando ouvi uma mulher dizer: Sou fã sim do artista tal, se tiver uma apresentação dele na minha região, pode a casa cair, mas que eu vou, eu vou. Tentei entender o que seria “pode a casa cair”.
Eu viajaria longe para ver um show do meu interesse, mas a minha casa não iria cair. Se comprometesse o pagamento da prestação do carro, o aluguel da casa, a escola das crianças, a alimentação da família, é certo que não iria a lugar nenhum.
Acho que se eu fosse marido daquela mulher, eu a levaria para esse show sem nenhum problema, pode ser até que eu também gostasse, mas se para isso a “casa tivesse que cair”, então acho que cairia de verdade.
"PODE A CASA CAIR"
Tem coisas que são interessantes e até engraçadas no modo como acontecem.
Num dos últimos shows que fomos ver aqui na cidade, nessas festas de rodeio, o cantor daquela noite era o Daniel, não sou de muitas restrições, então já vi muitos artistas diferentes aqui. O Daniel não está entre as minhas preferências, mas gosto sim.
Depois de suportar uma friagem medonha, comum nas noites do mês de julho, esperando um também comum, grande atraso para iniciar, o show finalmente começou.
A arquibancada estava apinhada de gente e eu não sabia se me divertia vendo o artista cantar ou vendo as inexplicáveis reações das fãs que estavam na nossa frente.
Deu um intervalinho e surgiram lá na plateia os vendedores de artigos do artista. Cds., fotos etc. Achei muito engraçado um casal na nossa frente, que o marido foi coagido, parecia coação sim, a comprar uma foto do Daniel, logo imaginei a casa do casal e no porta-retratos da sala ou do quarto a tal foto.
Podem me chamar do que quiser, eu compraria um cd., pois são músicas e ser fã do artista não vejo nada demais, também tenho as minhas preferências, mas a foto eu não compraria mesmo, acho que já é insanidade.
Essa situação ficou gravada em minha memória e foi reavivada quando ouvi uma mulher dizer: Sou fã sim do artista tal, se tiver uma apresentação dele na minha região, pode a casa cair, mas que eu vou, eu vou. Tentei entender o que seria “pode a casa cair”.
Eu viajaria longe para ver um show do meu interesse, mas a minha casa não iria cair. Se comprometesse o pagamento da prestação do carro, o aluguel da casa, a escola das crianças, a alimentação da família, é certo que não iria a lugar nenhum.
Acho que se eu fosse marido daquela mulher, eu a levaria para esse show sem nenhum problema, pode ser até que eu também gostasse, mas se para isso a “casa tivesse que cair”, então acho que cairia de verdade.