QUANDO A PORCA TORCE O RABO
QUANDO A PORCA TORCE O RABO
09jul21
Finalmente a porca torceu o rabo no chiqueiro do Brasil. O imobilismo e a acomodação dos Brasileiros são históricos. Precisamos de muita provocação para reagirmos e finalmente esta chegou sob a forma de um circo. Circo que é um dos parâmetros de dominação de um povo, o outro é o pão que por aqui vem recheado de mortadela.
Até antes das últimas eleições federais não tínhamos noção do tamanho que temos, e aí não digo do tamanho do roubo que nos impingiu o maior ladrão da história, falo da nossa capacidade de gerar riquezas seja na terra, no ar ou no mar.
Nossas 5 centenas de anos de existência desde o descobrimento de Cabral não foram suficientes para nos tirar da infância e por isso temos como justificativa a inocência que é própria. Nos escondíamos atrás das saias de togados e Vossas Excelências engravatadas que eram os próprios monstros dos quais julgávamos que nos protegiam.
Atualmente “adolescemos”, passamos a entender o porquê de a justiça ser cega, pois se não o fosse ela não conseguiria sobreviver aos absurdos que em seu nome são cometidos. Hoje temos diante dos nossos olhos quem somos, do que somos capazes e o que nos fizeram. Hoje temos a consciência de que o nosso medo do monstro que come criancinha (não falo de nenhuma postagem atual) só terminará se o enfrentarmos. O monstro é imenso e tem mil braços e se transforma travestido em amigo protetor dos pobres e oprimidos dando peixe ao invés de ensinar a pescar.
Nossa consciência de adolescentes possibilitou um posicionamento contra o “status quo” que camuflava a realidade por décadas, escolhemos um guia para nos dar as direções e nos liderar pois, como adolescentes, ainda não temos a capacidade de mensurar a intensidade da ação e nem o momento de “startá-la”.
Precisamos dominar nossa ansiedade e confiar de que nossa escolha de liderança saberá agir no devido momento e se não o fez ainda, é porque, primeiramente, ele tem mais informações do que nós e depois ele precisa ter a arma no calibre e na potência devida, e talvez esta arma hoje seja somente de ar comprimido capaz apenas de estrondos morais repercutidos por microfones e papeis.
Geraldo Cerqueira