Dane-se o Coach

Ultimamente tenho recordado as crises, as tragédias.

Coisas que minha condição bipolar tem trazido, e muitas vezes levado.

Não somente a vontade de viver, as energias. Mas de certa forma oportunidades que poderiam ser aproveitadas, ou pelo menos não tão mal administradas. Culpo-me mais pelos mal feitos do que pelos não feitos.

Mas enfim. Dentre elas uma vez fiz um curso de Coach. Vê se pode.

É meio óbvio - precisam de meia hora comigo - para perceberem que não tenho a mínima chance de um dia aproveitar um curso de coach.

Mas bem, fui depois de muito conversar com um grande amigo - esse sim aproveitou demais - e imaginar que talvez o curso seria útil para o desenvolvimento pessoal e profissional. Principalmente o profissional.

Esta é inclusive a minha grande falha: almejar o sucesso profissional, ou mesmo a sua estabilidade, sendo instável pessoalmente.

E fui lá para o Rio de Janeiro fazer o tal curso. Dois finais de semana. Um em um mês e outro final de semana no início do mês seguinte.

Muito calor e eu já fui em crise.

Na primeira dinâmica - esse pessoal adora dinâmicas - o gatilho disparou. Foi todo um sábado jogado pro lixo, querendo fugir… mais um Domingo.

E que Domingo horrível!

Já nem lembro o auge da crise, porém houve uma dinâmica lá que também me lembrava muito as dinâmicas em encontros de Igreja.

As Igrejas hoje transformaram Jesus em Coach também né.

Eu criei uma certa antipatia pelo coach que até hoje não se fez equilibrada. Quando alguém se apresenta como Coach, seja o master, o life - e mesmo o “spiritual coach” eu crio uma reserva, uma barreira tremenda.

A impressão que tenho é a de que serei abordado por ele, tentando me convencer de algo.