"Ei você, vamos criticar um quê sem saber ao menos o quê?"
Critico o aborto, mas não sou homem para defendê-lo.
Critico a barganha, mas não sou claro em escolhê-la.
Critico os costumes, mas não faço nada para entendê-los.
Critico as dúvidas, mas não detalho o quê contê-las.
Critico o eclipse, mas não risco sequer um fósforo para detê-lo.
Critico a falácia, mas não rechaço uma palavra para esquecê-la.
Critico os garotos, mas não explico que a vida não é embusteira.
Critico as heresias, mas não deixo para trás minhas cartas de magia.
Critico o impedimento, mas não deixo espaço para rompê-lo.
Critico a juventude, mas não discordo da jovial parceria.
Critico os kantistas, mas não perco uma valsa de filosofia.
Critico as lambujas, mas não fico bravo quando recebo harmonia.
Critico o medo, mas não largo a saia da mãe enquanto crescia.
Critico a nostalgia, mas não reconheço que o passado mal algum deixaria.
Critico os otimistas, mas não penso em noites sem dias.
Critico as palpiteiras, mas não mordo a língua enquanto discorro palavras vazias.
Critico o quiprocó, mas não esqueço a gargalhada na desarmonia.
Critico a repetição, mas não fico segundos sem pensar na mesma canção.
Critico os solavancos, mas não me importo de transportar vidros na carroceria.
Critico as três-marias, mas não jogo fora meus livros de astronomia.
Critico o ufanismo, mas não paro de assistir séries americanas em demasia.
Critico a vadiagem, mas não compartilho a mesa de bar com menos de cinco companhias.
Critico os weberianos, mas não me esforço em folhear matérias de sociologia.
Critico as xucrices, mas não sou louvor em recitar candices.
Critico o yang, mas não sei do yin o que de fato a cada um competia.
Critico a zombaria, mas não corrijo a maldade das palavras e a quem a elas ofendia.
Critico o aborto, mas não sou homem para defendê-lo.
Critico a barganha, mas não sou claro em escolhê-la.
Critico os costumes, mas não faço nada para entendê-los.
Critico as dúvidas, mas não detalho o quê contê-las.
Critico o eclipse, mas não risco sequer um fósforo para detê-lo.
Critico a falácia, mas não rechaço uma palavra para esquecê-la.
Critico os garotos, mas não explico que a vida não é embusteira.
Critico as heresias, mas não deixo para trás minhas cartas de magia.
Critico o impedimento, mas não deixo espaço para rompê-lo.
Critico a juventude, mas não discordo da jovial parceria.
Critico os kantistas, mas não perco uma valsa de filosofia.
Critico as lambujas, mas não fico bravo quando recebo harmonia.
Critico o medo, mas não largo a saia da mãe enquanto crescia.
Critico a nostalgia, mas não reconheço que o passado mal algum deixaria.
Critico os otimistas, mas não penso em noites sem dias.
Critico as palpiteiras, mas não mordo a língua enquanto discorro palavras vazias.
Critico o quiprocó, mas não esqueço a gargalhada na desarmonia.
Critico a repetição, mas não fico segundos sem pensar na mesma canção.
Critico os solavancos, mas não me importo de transportar vidros na carroceria.
Critico as três-marias, mas não jogo fora meus livros de astronomia.
Critico o ufanismo, mas não paro de assistir séries americanas em demasia.
Critico a vadiagem, mas não compartilho a mesa de bar com menos de cinco companhias.
Critico os weberianos, mas não me esforço em folhear matérias de sociologia.
Critico as xucrices, mas não sou louvor em recitar candices.
Critico o yang, mas não sei do yin o que de fato a cada um competia.
Critico a zombaria, mas não corrijo a maldade das palavras e a quem a elas ofendia.