Nós não somos o que queremos ser.
Nós não somos o que queremos ser.
Não somos o que querem que sejamos (pais, família, esposa, namorada, vizinhança, amigos, etc.).
Podemos fingir, atuar, usar uma "máscara", viver um personagem, mas NUNCA, nos tornaremos o que esperam ou desejam de nós.
Se for fazer um estudo, investigar bem, o que queremos ser é muito influenciado.
Pelos pais, principalmente, por família, amigos e sociedade.
Estipulam um modelo de pessoa, de sucesso, de profissão a seguir e como uma hipnose, nós até acreditamos que queremos ser aquilo.
Aí vai chegando a nossa maturidade (que não tem a ver com idade, é um processo individual, no tempo de cada um) e a gente começa a se questionar: quem eu sou de verdade?
O que eu quero ser?
Qual o propósito da minha vida?
Começa aí uma jornada que podemos chamar de "busca"!
Normalmente nos tornamos um "buscador".
Buscador do que? Você poderia me perguntar.
Buscar a nós mesmos.
Buscar nos conhecer.
Nos reconhecer.
Entender nossa caminhada, nossa jornada desde a infância até essa maturidade que chegarmos.
Perceber que sim, sofremos influências, mas não somos as influências.
E nessa "busca" tem alguns caminhos possíveis.
Essa busca também é chamada de "autoconhecimento".
Se conhecer.
Se descobrir.
Você pode através de terapia (convencional ou não, a chamada terapia alternativa) percorrer esse caminho.
Pode ser pela espiritualidade.
Pode ser através da filosofia.
Ou tudo junto.
Ou até um despertar pessoal, uma espécie até de iluminação e sabedoria.
E já uma espécie de despertar.
Como se tudo de repente ficasse esclarecido.
Você passa a entender melhor a vida.
Passa a se entender melhor.
Passa a se amar.
Se perdoar.
Se acolher.
E a partir daí, fazer escolhas corretas para sua vida.
Como?
Ouvindo o coração.
Ouvindo nossa alma!
Aquela voz profunda dentro de nós que contém uma sabedoria incrível: ela fala (grita se necessário para nos acordar) das nossas verdadeiras vontades e necessidades.
Essa voz interior, sabe o melhor para nós.
Nos ensina a dizer sim, quando é sim.
E dizer não, quando é não.
Essa voz representa nossa verdadeira sabedoria.
Para alguns representa nosso "eu" profundo, nosso "Mestre Interior". Aquele responsável também pelo "religare" espiritual nosso e nos conecta com a fé verdadeira, com o Divino.
Essa descoberta de nós mesmos nos dá então a certeza, a coragem e a força para seguir nosso caminho.
E sim, temos a certeza de que não conseguiremos ser o que querem de nós.
Que não conseguiremos ser o que queremos.
E sim, nos tornamos o que é possível nos tornar.
O que é!
Aqui e agora!
Isso é tomar consciência de si.
Sabendo que esse possível é o nosso melhor.
Nem mais, nem menos!
Passamos a nos aceitar, do jeito que somos.
E até nos afastar de quem não entende, ama ou aceita o que somos.
Quem nos tornamos.
Sim, nos afastamos de pessoas e pessoas de afastam de nós.
É o preço.
Porque paramos de querer agradar aos "outros" em detrimento de nós mesmos.
Afinal, somos quem somos.
Somos o que somos.
O que podia (e devia) ser!
Essa descoberta nos deixa leves.
Serenos.
Em harmonia com o fluxo da vida.
Como diria a "Gestalt": eu sou eu! Você é você!
Descobrir quem somos de verdade, nos liberta.
Tira a tortura da auto culpa.
Porque somos o que pudemos ser.
O que conseguimos ser.
E não o que queriam.
Ou desejavam...
Assim é!
E mais, o autoconhecimento nos traz outro benefício, pois nos compreendendo, fica mais fácil compreender o outro!
Nos amando, fica possível amar o próximo!
Nos perdoando, podemos perdoar o próximo!
Ou seja, a boa relação conosco, propicia boas relações com outras pessoas!
Sendo cada um o que é!
Não o que queremos ser!
Sendo, o que foi possível ser, de acordo com nossas experiências, maturidade, percepções e aprendizados!