Tábua de pirulitos* (06/07/2021)
Senhoras e senhores eu vos apresento a famosa Alça sudeste de Patos (PB).
Inaugurada em 29 de agosto de 2014, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana, desafogar o trânsito no centro da cidade e facilitar o tráfego de veículos de carga, advindos principalmente da região da Serra do Teixeira, hoje, mais parece uma “tábua de pirulitos”.
E olha que ela foi projetada para os próximos cinquenta anos (sic).
Segundo pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), quando uma rodovia é concluída, o esperado é que o asfalto tenha uma vida útil entre 8 e 12 anos. “Mas no Brasil, a pavimentação começa a apresentar buracos e rachaduras em média sete meses após a conclusão da obra”.
Aqui é Brasil, né? E “Vida útil” foi coisa que esse asfalto aí nunca teve. Todo ano é a mesma lenga-lenga. Dizem até que o que já se gastou com “tapa-buracos” nesse trecho, daria para bancar um recapeamento de vergonha nos 2 quilômetros e 600 metros de sua extensão, que segue até a rotatória de acesso ao Aeroporto.
A alça sudeste, que leva o nome de Dr. Nabor Wanderley da Nóbrega, ex-prefeito de Patos (1955-1959) e pai do prefeito atual, Nabor Wanderley da Nóbrega filho (Republicanos), custou aos cofres públicos a bagatela de R$ 5 milhões 322 mil 778 reais e 08 centavos, mais R$ 450 mil 185 reais e 80 centavos para a instalação da iluminação em LED, em 97 postes de metal, com 104 luminárias distribuídas em todo o percurso.
O projeto original, que consta ainda de uma ponte com 140 metros de comprimento, interligando o Bairro do Santo Antonio à BR-230, além de caro é muito bonito; porém, se não houver manutenção, perde também a sua utilidade e vira um transtorno para a população, que vê se acumularem prejuízos morais e financeiros ao longo dos anos pelo superfaturamento de obras e descaso das administrações públicas.